Tratamento cirúrgico da Otosclerose durante o internato de Otorrinolaringologia: A experiência do Centro Hospitalar do Porto

Autores

  • Francisco Ferreira Rosa Interno de Formação Específica - 5º ano - Serviço de Otorrinolaringologia - Centro Hospitalar do Porto
  • João Carvalho Almeida Centro Hospitalar do Porto - Serviço de Otorrinolaringologia - Interno de Formação Específica - 3º ano
  • Jorge Oliveira Serviço de Otorrinolaringologia - Centro Hospitalar do Porto - Assistente Hospitalar Graduado
  • Cecília Almeida Sousa Serviço de Otorrinolaringologia - Centro Hospitalar do Porto - Directora de Serviço

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.654

Palavras-chave:

cirurgia estapédica, otosclerose, internato de otorrinolaringologia

Resumo

Objetivo: Avaliar os resultados de doentes submetidos a tratamento cirúrgico da otosclerose por internos de Otorrinolaringologia e, fazer uma reflexão sobre a inclusão da cirurgia estapédica no programa de formação específica de Otorrinolaringologia.

Material e Métodos: Estudo retrospetivo de doentes submetidos a tratamento cirúrgico da otosclerose, por internos de Otorrinolaringologia, no Centro Hospitalar do Porto, entre Janeiro de 2010 e Dezembro de 2015.

Resultados: 87 doentes foram incluídos no estudo, sendo que 12 foram submetidos a cirurgia bilateral (realizada por internos), num total de 99 procedimentos cirúrgicos. A taxa de sucesso cirúrgico foi de 85% (gap aero-ósseo inferior a 10dB). O gap aero-ósseo foi inferior ou igual a 20 dB em 96% dos casos. Apenas se verificou um caso de cofose.

Conclusões: Após análise da literatura e avaliação dos resultados e complicações obtidos neste estudo, os autores consideram que a cirurgia estapédica pode ser incluída no programa formativo do internato de Otorrinolaringologia.

Biografia Autor

Cecília Almeida Sousa, Serviço de Otorrinolaringologia - Centro Hospitalar do Porto - Directora de Serviço

Centro Hospitalar do Porto
Serviço de Otorrinolaringologia

Directora de Serviço

M.D

Referências

Rudic M, Keogh I, Wagner R, Wilkinson E, Kiros N, Ferrary E, et al. The pathophysiology of otosclerosis: Review of current research. Hear Res. 2015;330(Pt A):51-6.

Thomas JP, Minovi A, Dazert S. Current aspects of etiology, diagnosis and therapy of otosclerosis. Otolaryngol Pol. 2011;65(3):162-70.

Vincent R, Sperling NM, Oates J, Jindal M. Surgical findings and long-term hearing results in 3,050 stapedotomies for primary otosclerosis: a prospective study with the otology-neurotology database. Otol Neurotol. 2006;27(8 Suppl 2):S25-47.

Hughes GB. The learning curve in stapes surgery. Laryngoscope. 1991;101(12 Pt 1):1280-4.

Burns JA, Lambert PR. Stapedectomy in residency training. Am J Otol. 1996;17(2):210-3.

Vernick DM. Stapedectomy results in a residency training program. Ann Otol Rhinol Laryngol. 1986;95(5 Pt 1):477-9.

Coker NJ, Duncan NO, Wright GL, Jenkins HA, Alford BR. Stapedectomy trends for the resident. Ann Otol Rhinol Laryngol. 1988;97(2 Pt 1):109-13.

Committee on Hearing and Equilibrium guidelines for the evaluation of results of treatment of conductive hearing loss. AmericanAcademy of Otolaryngology-Head and Neck Surgery Ffoundation, Inc. Otolaryngol Head Neck Surg. 1995;113(3):186-7.

Handley GH, Hicks JN. Stapedectomy in residency--the UAB experience. Am J Otol. 1990;11(2):128-30.

Shapira A, Ophir D, Marshak G. Success of stapedectomy performed by residents. Am J Otolaryngol. 1985;6(5):388-91.

Engel TL, Schindler RA. Stapedectomy in residency training. Laryngoscope. 1984;94(6):768-71.

House HP, Hansen MR, Al Dakhail AA, House JW. Stapedectomy versus stapedotomy: comparison of results with long-term follow-up. Laryngoscope. 2002;112(11):2046-50.

Freitas VA, Becker CG, Guimarães RE, Crosara PF, Morais GA, Moura M. Surgical treatment of otosclerosis in medical residency training. Braz J Otorhinolaryngol. 2006;72(6):727-30.

Backous DD, Coker NJ, Jenkins HA. Prospective study of resident-performed stapedectomy. Am J Otol. 1993;14(5):451-4.

Caldart AU, Terruel I, Enge DJ, Kurogi AS, Buschle M, Mocellin M. Stapes surgery in residency: the UFPR clinical hospital experience. Braz J Otorhinolaryngol. 2007;73(5):647-53.

Mathews SB, Rasgon BM, Byl FM. Stapes surgery in a residency training program. Laryngoscope. 1999;109(1):52-3.

Sargent EW. The learning curve revisited: stapedotomy. Otolaryngol Head Neck Surg. 2002;126(1):20-5.

Chandler JR, Rodriguez-Torro OE. Changing patterns of otosclerosis surgery in teaching institutions. Otolaryngol Head Neck Surg. 1983;91(3):239-45.

Manu P, Lane TJ, Matthews DA. How much practice makes perfect? A quantitative measure of the experience needed to achieve procedural competence. Med Teach. 1990;12(3-4):367-9.

Morrison AW. Diseases of the otic capsule–I Otosclerosis. Scott-Brown's diseases of the ear, nose and throat. 1979;2:405-64.

Feldman LS, Cao J, Andalib A, Fraser S, Fried GM. A method to characterize the learning curve for performance of a fundamental laparoscopic simulator task: defining "learning plateau" and "learning rate". Surgery. 2009;146(2):381-6.

Downloads

Ficheiros Adicionais

Publicado

24-12-2017

Como Citar

Ferreira Rosa, F., Carvalho Almeida, J., Oliveira, J., & Almeida Sousa, C. (2017). Tratamento cirúrgico da Otosclerose durante o internato de Otorrinolaringologia: A experiência do Centro Hospitalar do Porto. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 55(1), 37–45. https://doi.org/10.34631/sporl.654

Edição

Secção

Artigo de Revisão