Tempo de respiração exclusivamente nasal e a qualidade de vida relacionada com a obstrução nasal

Autores

  • Ricardo Barroso Ribeiro Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto, Portugal
  • Daniel Monteiro Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto, Portugal
  • Jorge Oliveira Assistente Hospitalar Graduado do Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto, Portugal
  • João Pinto Ferreira Assistente Hospitalar Graduado do Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto, Portugal
  • Cecília Almeida e Sousa Directora do Serviço de ORL do Centro Hospitalar do Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.84

Palavras-chave:

Obstrução nasal, Qualidade de vida, Escala NOSE, Tempo de respiração exclusivamente nasal, Septoplastia

Resumo

Objectivos: Verificar se havia correlação entre o tempo de respiração exclusivamente nasal (TREN), sem desconforto para o paciente, e os resultados da escala NOSE (Nasal Obtruction Symptom Evaluation) antes e após septoplastia associada ou não a cornectomia.

Desenho do estudo: Estudo prospectivo observacional. Material e Métodos: Pacientes com desvio do septo nasal completaram a escala NOSE e fizeram o teste TREN, antes e 1, 3 e 6 meses após septoplastia, associada ou não a cornectomia parcial inferior bilateral.

Resultados: Cinquenta e sete doentes foram submetidos a cirurgia. Houve uma melhoria do resultado NOSE médio pré-operatório para o resultado NOSE um mês após cirurgia (57,2 vs. 15,9; p<0,0001), mantendo-se aos 3 e 6 meses de seguimento. Avaliando as médias dos resultados NOSE em cada um dos grupos TREN, quer antes (0-30s/69,6; 30- 60s/50,5; >60s/40,0; p<0,0001) quer um mês após cirurgia (30-60s/37,5; >60s/12.5; p<0,0001) obtiveram-se diferenças estatisticamente significativas que também se verificaram aos 3 e 6 meses de follow-up.

Conclusões: O teste TREN trata-se de um teste simples, rápido e barato, cujos resultados estão relacionados com os resultados NOSE, antes e após a septoplastia, constituindo assim uma medida promissora na avaliação da qualidade de vida relacionada com a obstrução nasal.

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Como Citar

Ribeiro, R. B., Monteiro, D., Oliveira, J., Ferreira, J. P., & Almeida e Sousa, C. (2012). Tempo de respiração exclusivamente nasal e a qualidade de vida relacionada com a obstrução nasal. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 50(2), 105–110. https://doi.org/10.34631/sporl.84

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Artigo Original