Rastreio Auditivo Neonatal Universal. Cinco anos de experiência
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.90Palavras-chave:
Rastreio Auditivo Neonatal Universal, RANU, surdez infantilResumo
A surdez constitui o distúrbio congénito mais frequente, com uma
prevalência de 1-3/1000 nascimentos. O Rastreio Auditivo Neonatal
Universal (RANU) permite a identificação precoce de hipoacusia e
assim uma intervenção atempada na prevenção das consequências
adversas no desenvolvimento linguístico e cognitivo. Este estudo tem por objectivo reportar o balanço do RANU no Centro Hospitalar do Alto Ave de Junho 2005 a Março 2010.
Foram rastreados 11033 recém-nascidos, tendo sido submetidos a
avaliação mais de 95% dos recém-nascidos nos últimos três anos.
Setenta e quatro dos recém-nascidos (0,67%) reprovou no rastreio
no rastreio. Desses, 45,9% não apresentou qualquer tipo de factor
de risco para surdez.
Os resultados mostram uma melhoria na implementação do rastreio esta Instituição ao longo do tempo. A identificação de hipoacusia em crianças sem factores de risco reconhecidos reforça a necessidade duma implementação generalizada dos programas de RANU nos recém-nascidos.
Referências
Aidan D, Avan P, Bonfils P. Auditory screening in neonates by means of transient evoked otoacoustic emissions: a report of 2,842 recordings. Ann Otol Rhinol Laryngol 1999;108:525-31.
Mehl AL, Thomson V. Newborn hearing screening : the great omission. Pediatrics 1998;101:E4.
Morlet T, Moulin A, Putet G, Sevin F, et al. Dépistage des troubles auditifs chez des nouveau-nés à risque. Ann Otolaryngol Chir Cervicofac 2001;118:11-8. (falta o 4º autor)
Kuhl PK, Williams KA, Lacerda F, Stevens KN, et al. Linguistic experience alters phonetis perception in infants by 6 months of age. Science 1992;255:606-8.
Greenough WT, Black JE, Wallace CS. Experience and brain development. Child Dev 1987;58:539-59.
Neville HJ. Neurobiology of cognitive and language processing: effects of early experience. In: Gibson KR, Petreson AC, editors. Brain maturation and cognitive development: comparative and cross-cultural perspectives. Aladine de Guyter Press 1991, p.355-80.
Yoshinaga-Itano C, Sedey A, Couter D, Mehl A. Language of early and later identified children with hearing loss. Pediatrics 1998;102:1161-71.
Keren R, Helfand M, Homer C, McPhilips H et al. Projected cost-effectiveness of statewide universal newborn hearing screening. Pediatrics 2002;106:855-64.
Robertson C, Aldridge S, Jarman F, Saunders K et al. Late diagnosis of congenital sensorineural hearing impairment: why are detection methods failing ? Arch Dis Child 1995;72:11-5.
Vohr BR, Cary LM, Moore PE, Letourneau K. The Rhode Island Hearing Assessment Program: experience with stadewide hearing screening (1993- 1996). J Pediatr 1998;133:353-7.
JOINT COMITEE ON INFANT HEARING. Year 2000 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. Am J Audiol 2000;9:9-29.
AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Newborn and infant hearing loss: detection and intervention. Pediatics 1999;103:527-30.
Kemp DT. Stimulated acoustic emissions from within the human auditory system. J Acoust Soc Am 1978;64:1391-6.
Bonfils P, Francois M, Avan P, Londero A et alP. Spontaneous and evoked otoacoustic emissions in preterm neonates. Laryngoscope 1992;102:182-6.
Boishardy A, Lenoir F, Brami P, Kapella M et al. Expérience du dépistage auditif néo-natal systématique dans le département de l’Eure A propos de 10 835 nouveau-nés. Ann Otolaryngol Chir Cervicofac, 2005; 122, 5, 223-230
