Paragangliomas jugulo-timânicos. Técnica cirúrgica e experiência do Hospital de Egas Moniz
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.34Palavras-chave:
Base do crânio, Cirurgia, Complicações pós-operatórias, Embolização terapêutica, Estudo retrospectivo, Osso temporal, Paraganglioma jugulo-timpânico, Resultados do tratamento, Tumor de glomus jugularResumo
Objectivos: Descrever a técnica cirúrgica e a experiência dos Serviços de Otorrinolaringologia e Neurocirurgia do Hospital de Egas Moniz no tratamento cirúrgico dos paragangliomas jugulo-timpânicos.
Desenho do estudo: Descrição de técnica cirúrgica e estudo retrospectivo dos casos operados num período de 20 anos.
Material e métodos: Foram incluidos no estudo 24 doentes operados por uma equipa otoneurocirárgica entre 1988 e 2007. A técnica utilizada foi a via da Fossa Infratemporal do tipo A de Fisch em todos os casos. Os dados foram obtidos a partir da observação recente dos doentes e da consulta dos processos clínicos. As variáveis avaliadas foram: as manifestações clínicas, a embolização pré-operatória e a técnica cirúrgica realizadas, a remoção tumoral, a mortalidade, a morbilidade e a evolução das lesões residuais.
Resultados: A apresentação clínica foi semelhante a de outras series. A remoção total do tumor foi obtida em 11 (45%) dos 24 casos. Na maior parte dos restantes a doença residual manteve-se controlada. Dois doentes morreram por pneumonia e a morbilidade foi sobreponivel a verificada em outras series.
Conclusões: A via da Fossa Infratemporal do tipo A é a melhor técnica para tratar os paragangliomas jugulo-timpânicos, mas é importante a concentração do tratamento da patologia em centros de referenciação diferenciados, com equipas otoneurocirúrgicas estáveis, para se controlar a doença com um minimo de mortalidade e morbilidade.