Hipofunção vestibular periférica: quais os fatores de prognóstico da reabilitação vestibular?

Autores

  • Joana Pires Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal
  • Tiago Coelho Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal
  • Mafalda Ferreira Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal
  • Filipa Carvalho Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal
  • Elizabete Grade Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal
  • Luis Alberto Santos Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal
  • Ana Margarida Amorim Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal
  • Luís Silva Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.765

Palavras-chave:

distúrbios vestibulares, resultados da reabilitação, fatores de prognóstico

Resumo

Objetivos: Identificar fatores de prognóstico da reabilitação vestibular (RV) em doentes com hipofunção vestibular unilateral crónica (HVUC).

Desenho do Estudo: Estudo retrospetivo dos processos dos doentes com HVUC que realizaram RV.

Material e Métodos: Registo de dados epidemiológicos, clínicos, resultados da posturografia e dizziness handicap inventory (DHI) antes e após a RV. Pesquisa de uma possível relação entre os diferentes dados e os resultados dos testes.

Resultados: Registamos 71 doentes, a maioria com 2 a 3 comorbilidades. Verificámos um aumento significativo das pontuações da aferência vestibular e das taxas de estabilidade da posturografia e uma redução significativa do DHI após RV. Doentes obesos apresentaram uma diminuição aferência somatossensorial e aumento da dependência visual. Doentes medicados com ototóxicos registaram um aumento da taxa de estabilidade da posturografia, significativamente inferior aos restantes doentes.

Conclusões: Doentes com obesidade ou medicados com ototóxicos apresentam piores resultados após RV. Apesar das múltiplas comorbilidades, a RV foi maioritariamente eficaz.

Referências

-Whitney SL, Alghwiri AA, Alghadir A. An overview of vestibular rehabilitation. In Furman J. M. and Lempert T., (Eds). Handbook of Clinical Neurology, 2016:pp187-205. DOI: 10.1016/B978-0-444-63437-5.00013-3.

-Herdman SJ, Hall CD, Delaune W. Variables associated with outcome in patients with unilateral vestibular hypofunction. Neurorehabil Neural Repair. 2012 Feb;26(2):151-62. DOI: 10.1177/1545968311407514.

-Hall CD, Herdman SJ, Whitney SL, Cass SP, et al. Vestibular Rehabilitation for Peripheral Vestibular Hypofunction: An Evidence-Based Clinical Practice. J Neurol Phys Ther. 2016 Apr;40(2):124-55. DOI: 10.1097/ NPT.0000000000000120.

-Chays A, Florant A, Ulmer E, Seidermann L. Examens paracliniques. In: Chays A, Ulmer E, Florant A (Eds.) Les vertiges, Paris, Elsevier-Masson; 2005:pp124.

-Garcia F, Luzio C, Benzinho T, Veiga V. Validação e adaptação do DHI para a língua e população portuguesa de Portugal. Acta ORL. 2008;26, 128-132

-Eleftheriadou A, Skalidi N, Velegrakis GA. Vestibular rehabilitation strategies and factors that affect the outcome. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2012 Nov;269(11):2309-16. DOI: 10.1007/s00405-012-2019-2.

-Ganesan M, Koos T, Kruse B, O’Dell B. Dynamic Postural Instability in Individuals with High Body Mass Index. J. Nov Physiother. 2018 Apr; 8(2): 387. DOI: 10.4172/2165-7025.1000387.

-Yorgason JG, Fayad JN, Kalinec F. Understanding drug ototoxicity: molecular insights for prevention and clinical management. Expert Opin Drug Saf. 2006 May;5(3):383-99. DOI: 10.1517/14740338.5.3.383.

-Ford G, Marsden J. Physical exercise regimes-practical aspects. In: LM Luxon, RA Davies (Eds.) Handbook of Vestibular Rehabilitation. London, Whurr Publishers, 1997:pp101–115.

Downloads

Publicado

24-11-2019

Como Citar

Pires, J., Coelho, T., Ferreira, M. ., Carvalho, F., Grade, E., Santos, L. A., Amorim, A. M., & Silva, L. (2019). Hipofunção vestibular periférica: quais os fatores de prognóstico da reabilitação vestibular?. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 57(1), 17–22. https://doi.org/10.34631/sporl.765

Edição

Secção

Artigo Original