Turbinectomia parcial inferior versus radiofrequência de cornetos inferiores - 6 anos de estudo prospetivo
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.770Palavras-chave:
Hipertrofia de cornetos inferiores, Radiofrequência de cornetos inferiores, Turbinectomia parcial inferiorResumo
Objetivos: Comparar a eficácia da radiofrequência de cornetos inferiores (RFCI) vs turbinectomia parcial inferior (TPI) na diminuição da intensidade de sintomas nasais ao longo de 6 anos de pós-operatório.
Desenho do Estudo: Estudo prospetivo observacional de doentes consecutivos, submetidos a septoplastia com TPI ou RFCI entre novembro de 2011 e fevereiro de 2012, durante os 6 anos de pós-operatório.
Material e Métodos: Questionários foram distribuídos no período pré-operatório, um mês, um ano e seis anos após a cirurgia. A intensidade de nove sintomas nasais (obstrução nasal, rinorreia anterior, rinorreia posterior, hiposmia, esternutos, prurido nasal, pressão facial, cefaleia e roncopatia) foi avaliada usando a escala visual analógica (VAS). O processamento estatístico foi elaborado recorrendo ao SPSS v25, onde foram efetuados os testes de Wilcoxon, Mann-Whitney, Chi-quadrado e T Student. O nível de significância estatística foi atribuído para p<0,05.
Resultados: Completaram o seguimento no estudo 57 doentes, 26 no subgrupo septoplastia com RFCI, e 31 no subgrupo septoplastia com TPI. Verificou-se uma diminuição da intensidade dos sintomas nasais em ambos os subgrupos no período pós operatório, sendo esta redução superior (p < 0,05) no subgrupo septoplastia com TPI comparativamente ao subgrupo septoplastia com RFCI no sintoma esternutos na avaliação pós-operatória (um mês), nos sintomas obstrução nasal, rinorreia anterior, rinorreia posterior,
esternutos, cefaleia e roncopatia na avaliação pós operatória (um ano), e superior nos sintomas rinorreia anterior, hiposmia, prurido nasal e roncopatia na avaliação pós operatória (6 anos).
Conclusões: Ambas as técnicas cirúrgicas demonstraram ser eficazes na redução de sintomas nasais. Na análise comparativa entre as técnicas, a turbinectomia parcial inferior apresenta resultados clínicos superiores em todos os períodos de reavaliação pós-operatória considerados.
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