Efeitos do ruído nos Militares da Armada
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.233Palavras-chave:
Surdez, ruído, armada portuguesaResumo
Objectivo: Determinar a prevalência de hipoacúsia nos milita- res que se apresentaram entre Junho de 2005 e Junho de 2006 na Junta de Saúde Naval (JSN), caracterizando estes casos de acordo com: causas, ano de incorporação na Marinha, presta- ção de Serviço em Campanha no Ultramar, posto, a situação, classe e grau de incapacidade devido à hipoacúsia.
Material e Métodos: Realizou-se um estudo observacional re- trospectivo. Os dados foram recolhidos dos livros de registo da JSN e das fichas clínicas da consulta de Otorrinolaringologia do Hospital de Marinha.
Resultados: A prevalência de hipoacúsia é de 24%, sendo esta amostra composta maioritariamente por indivíduos em que a causa de hipoacúsia era o ruído, cujo ano de incorporação se si- tuava entre 1965 e 1970, que prestaram Serviço de Campanha no Ultramar, com posto de sargento, na situação de reforma, com a classe de fuzileiros e com um grau de incapacidade por hipoacúsia situado entre os 11 e os 20% e entre os 31 e os 40%. Conclusões: A hipoacúsia apresenta uma elevada prevalência em meio militar naval, sobretudo em indivíduos expostos ao ruído proveniente de armas de fogo, sujeitos a treino intenso e/ou a situações de combate e na ausência de protecção auditi- va. Esta patologia acarreta uma morbilidade significativa, o que tem como consequência a diminuição da prontidão militar e o aumento dos gastos em reabilitação auditiva e indemnizações por incapacidadeReferências
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