Tratamento cirúrgico de estenoses laringotraqueais benignas: 15 anos de experiência no IPO de Lisboa

Autores

  • Inês Palma Delgado Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca
  • Isabel Correia Centro Hospitalar Lisboa Central
  • Margarida Boavida Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca
  • Rui Cabral Centro Hospitalar Lisboa Ocidental
  • Lígia Ferreira Instituto Português de Oncologia de Lisboa
  • Pedro Montalvão Instituto Português de Oncologia de Lisboa
  • Miguel Magalhães Insituto Português de Oncologia de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.288

Palavras-chave:

Estenose laringotraqueal, intubação endotraqueal, técnicas cirúrgicas, reestenose, traqueomalácia, traqueotomia

Resumo

Introdução: O termo estenose laringotraqueal (ELT) engloba um compromisso luminal ao nivel da laringe, traqueia ou ambas e o seu tratamento inclui uma ampla variedade de técnicas cirúrgicas.

Material e Métodos: Estudo retrospectivo baseado na revisão de processos clínicos de doentes com ELT benignas submetidos a cirurgia no Serviço de Otorrinolaringologia do IPOLFG entre 2000 e 2014.

Resultados: Foram incluídos 41 doentes com ELT benignas. As ELT pós intubação endotraqueal foram as mais frequentes (54%). A primeira cirurgia foi por abordagem externa em 75,6% dos doentes e endoscópica em 24,4%. Nos casos de reestenose após a primeira cirurgia (58,5%) foram realizadas em média 2,6 cirurgias/doente. A traqueomalácia associou-se significativamente (p = 0,01) à dependência de traqueotomia à data da última consulta (em 31,7% doentes).

Conclusão: A abordagem terapêutica das ELT é complexa e habitualmente são necessários múltiplos procedimentos cirúrgicos para restaurar a patência da via aérea.

Biografias Autor

Inês Palma Delgado, Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca

Interna da formaçao específica no Serviço de Otorrinolaringologia

Isabel Correia, Centro Hospitalar Lisboa Central

Interna da formação específica no Serviço de Otorrinolaringologia

Margarida Boavida, Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca

Interna da formação específica no Serviço de Otorrinolaringologia

Rui Cabral, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental

Interno da formação específica no Serviço de Otorrinolaringologia

Lígia Ferreira, Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Assistente Graduada no Serviço de Otorrinolaringologia

Pedro Montalvão, Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Assistente Graduado no Serviço de Otorrinolaringologia

Miguel Magalhães, Insituto Português de Oncologia de Lisboa

Director do Serviço de Otorrinolaringologia

Referências

Gallo A, Pagliuca G, Greco A, Martellucci S et al. Laryngotracheal stenosis treated with multiple surgeries: experience, results and prognostic factors in 70 patients. Acta Otorhinolayngol Ital. 2012; 32:182-188.

Herrington HC, Weber SM, Andersen PE. Modern management of laryngotracheal stenosis. Laryngoscope. 2006; 116:1553-1557.

Coursey MS, Airway obstruction, the problem and its causes. Otolaryngol Clin North Am. 1995; 28(4): 673-684.

Thawley SE, Ogura JH. Panel discussion: the management of advanced laryngotracheal stenosis. Use of the hyoid graft for treatment of laryngotracheal stenosis. Laryngoscope. 1991;226-232.

Menard M, Laccourreye O, Brasnu D. Chirurgie des sténoses laryngotrachéales de l’adulte in Encycl Méd Chir, Techniques chirurgicales – Tête et cou. 2002; 46-390.

Nouraei SA, Ghufoor K, Patel A, Ferguson T et al. Outcome of endoscopic treatment of adult postintubation tracheal stenosis. Laryngoscope 2007; 117:1073-1079.

Clément P, Hans S, de Mones E, Sigston E et al. Dilatation for assited ventilation-induced laryngotracheal stenosis. Laryngoscope 2005; 115:1595-1598.

Halmos GB, van der Laan BFAM, Dikkers FG. Groningen dilatation tracheoscope in treatment of moderate subglottic and tracheal stenosis. Ann Otol Rhinol Laryngol 2009; 118:329-335.

Backer CL, Mavroudis C, Dunham ME, Holinger LD. Repair of congenital tracheal stenosis with a free tracheal autograft. J Thorac Cardiovas Surg 1985; 115(4):869-74.

Dayan SH, Dunham ME, Backer CL, Mavroudis C et al. Slide tracheoplasty in the management of congenital tracheal stenosis. Ann Otol Rhinol Laryngol 1997; 106(11):914-919.

Delaere P, Liu Z, Feenstra L. Experimental tracheal revascularization and transplantation. Acta Otorhinolaryngol Belg 1995; 49(4):707-413.

Eliachar I, Stein J, Strome M. Augmentation techniques in laryngol Belg 1995; 49(4):397-406.

Takahiro M, Shimizu N, Aoe N, Andou A et al. Experimental study of tracheal allotransplantation with cryopreseved grafts. J Thorac Cardiovasc Surg 1998. 116(2):262-266.

Piktin L. Laryngeal trauma and stenosis in Scott-Brown’s Otorhinolaryngology Head and Neck Surgery vol 2, London, Hodder Arnold, 2008; pp2271-2285.

Halmos GB, Schuiringa FSAM, Pálinkó D, van der Laan TP et al. Finding balance between minimally invasive surgery and laryngotracheal resection in the management of adult laryngotracheal stenosis. Eur Arch Otorhinolaryngol 2014; 271:1967-1971.

Dass A, Nagarkar NM, Singhal SK, Verma H. Tracheal T-Tube Stent for Laryngotracheal Stenosis: Ten Year Experience. Iran J Otorhinolaryngol. 2014; 26(1):37-42.

Rubikas R, Matukaitytè I, Jelisiejevas JJ, Račkauskas M. Surgical treatment of non-malignant laryngotracheal stenosis. Eur Arch Otorhinolaryngol 2014; 271:2481-2487.

Grillo HC. Development of tracheal surgery: a historical review. Part 1: techniques of tracheal surgery. Ann Thorac Surg 2003; 75:610-619.

Rethi A. An operation for cicatricial stenosis of the larynx. J Laryngol Otol 1956; 70:283-293.

Gelbard A, Francis DO, Sandulache VC, Simmons JC. et al. Causes and Consequences of Adult Laryngotracheal Stenosis. Laryngoscope 2014; doi: 10.1002/lary.24956

Grillo HC. Tracheobronchial Malacia and Compression in Surgery of the Trachea and Bronchi. Hamilton, BC Decker. 2004. pp398-428

Downloads

Publicado

11-05-2017

Como Citar

Delgado, I. P., Correia, I., Boavida, M., Cabral, R., Ferreira, L., Montalvão, P., & Magalhães, M. (2017). Tratamento cirúrgico de estenoses laringotraqueais benignas: 15 anos de experiência no IPO de Lisboa. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 54(2), 85–91. https://doi.org/10.34631/sporl.288

Edição

Secção

Artigo de Revisão