O papel do rastreio auditivo neonatal na reabilitação auditiva infantil

Autores

  • J. Araújo-Martins Interno de Otorrinolaringologia, Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de São José, CHLC, EPE
  • I. Correia Interno de Otorrinolaringologia, Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de São José, CHLC, EPE
  • R. Ferreira Assistente hospitalar, Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital Dona Estefânia, CHLC, EPE
  • P. B. Santos Assistente hospitalar, Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital Dona Estefânia, CHLC, EPE
  • R. Gonçalves Interno de Genética Médica, Serviço de Genética clínica, Hospital Dona Estefânia, CHLC, EPE
  • S. de Almeida Assistente hospitalar, Serviço de Genética clínica, Hospital Dona Estefânia, CHLC, EPE
  • L. Nunes Director de serviço, Serviço de Genética clínica, Hospital Dona Estefânia, CHLC, EPE
  • L. Monteiro Directora de Serviço, Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital Dona Estefânia, CHLC, EPE

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.559

Palavras-chave:

Surdez infantil, rastreio auditivo neonatal universal, reabilitação auditiva

Resumo

Objectivos: Determinar a influência da implementação do rastreio auditivo neonatal universal na referenciação de crianças com hipoacúsia a uma consulta de reabilitação auditiva.

Métodos: Contexto – consulta de reabilitação auditiva num centro de referenciação terciário em Lisboa; Desenho do estudo – estudo de coorte retrospectivo baseado nos dados de processos clínicos de crianças com surdez. População – todos os processos de crianças nascidas a partir de 1998 (437 no total) foram analisados, resultando na selecção de 322 crianças que cumpriam os critérios de inclusão.

Resultados: A idade média de referenciação à consulta tem vindo a diminuir de 55 meses (1998-2000) para 12 meses (2007-2009). Em 3/4 dos doentes o motivo de referenciação é hipoacúsia ou alterações nos programas de rastreio auditivo neonatal.

Conclusão: O rastreio auditivo neonatal tem permitido iniciar a reabilitação auditiva de crianças com hipoacúsia mais cedo. É importante manter este programa a funcionar para garantir a reabilitação precoce de crianças com perda auditiva.

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Como Citar

Araújo-Martins, J., Correia, I., Ferreira, R., Santos, P. B., Gonçalves, R., de Almeida, S., Nunes, L., & Monteiro, L. (2015). O papel do rastreio auditivo neonatal na reabilitação auditiva infantil. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 53(1), 35–39. https://doi.org/10.34631/sporl.559

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