Tumores das glândulas parótidas - Casuística dos últimos 10 anos do serviço de ORL do IPO de Lisboa

Autores

  • Filipa Oliveira Interna do Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Egas Moniz – Centro Hospitalar Lisboa Ocidental
  • Eurico Costa Interno do Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Fernando Fonseca
  • Sónia Pereira Interno do Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital São José – Centro Hospitalar Lisboa Central
  • Ricardo Pacheco Assistente de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa
  • Miguel Magalhães Director do Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.61

Palavras-chave:

Glândulas salivares, Glândula parótida, Tumores benignos, Tumores malignos, Cirurgia

Resumo

Os tumores das glândulas salivares são tumores pouco frequentes da cabeça e pescoço, correspondendo a cerca de 3-5% dos tumores nesta localização.

No presente trabalho iremos fazer um estudo retrospectivo da ocorrência de tumores da glândula parótida dos últimos 10 anos no Serviço de Otorrinolaringologia do IPO de Lisboa.

Foram recolhidos dados dum total de 153 doentes desde o período de 1 de Janeiro de 2001 a 31 de Dezembro de 2011 e avaliadas a incidência dos tipos histológicos, a terapêutica efectuada e o seguimento dos doentes a curto, médio e longo prazo. Foram igualmente tidas em conta a ocorrência de complicações, recidivas e tratamentos complementares.

Verificou-se que, tal como na bibliografia consultada, estes tumores são raros e na sua maioria benignos, havendo uma razão inversamente proporcional entre o tamanho da glândula salivar e a benignidade do tumor.

O tratamento de eleição para os tumores das glândulas parotídeas é cirúrgico, independentemente de se tratar dum tumor benigno ou maligno, uma vez que há um crescimento contínuo do tumor e potencial de malignização.

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Como Citar

Oliveira, F., Costa, E., Pereira, S., Pacheco, R., & Magalhães, M. (2013). Tumores das glândulas parótidas - Casuística dos últimos 10 anos do serviço de ORL do IPO de Lisboa. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 51(3), 157–160. https://doi.org/10.34631/sporl.61

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Artigo Original