Timpanoplastia tipo II - Experiência clínica
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.120Palavras-chave:
Timpanoplastia tipo II, prótese ossicular alogénica, bigorna remodelada, otite média crónicaResumo
Introdução: A timpanoplastia associada a ossiculoplastia tem por objectivo reconstruir a membrana timpânica e a dinâmica ossicular, no sentido de restituir o isolamento do ouvido médio e a restauração da audição. Vários materiais têm sido utilizados para recrear o mecanismo de condução sonora do ouvido médio. A substituição ou reconstrução inclui o uso de materiais biológicos ou aloplásticos.
Materiais e métodos: Os autores descrevem dois métodos de reconstrução da cadeia ossicular através de timpanoplastia tipo II fazendo uma análise comparativa entre: 1) Utilização de PORP e 2) Utilização de bigorna moldada interposta entre o estribo e a membrana timpânica.
Resultados: A utilização das próteses ossiculares parciais (PORP) para interposição entre a membrana timpânica e o estribo foi utilizado em situações de erosão ossicular ou nas situações onde houve necessidade de remover a bigorna e o martelo para controlo mais eficaz do processo infeccioso crónico. A utilização de bigorna remodelada foi utilizada num único tempo cirúrgico porque se constatou que a doença crónica de base estava controlada. A miringoplastia foi efectuada com fascia de músculo temporal com técnica underlay ou overlay consoante a dimensão e localização da perfuração timpânica. Ambas as alternativas foram eficazes no que respeita à recuperação da perda auditiva.
Conclusão: A prótese ideal para reconstrução ossicular deve ser biocompatível, estável, segura, de fácil colocação e capaz de resultar na melhor transmissão do som. A selecção da prótese prende-se com todos estes factores associados à patologia de base e às condições intraoperatórias com que se depara o cirurgião. A eficácia dos PORPs aloplásticos e de material autólogo demonstraram-se eficazes no que concerne ao resultado funcional final.
Referências
Fisch U, May J, Linder T. Tympanoplasty, mastoidectomy, and stapes surgery. New York, Thieme; 2008
Battista RA. Middle Ear, Ossiculoplasty. 2008 Februry. http://emedicine.medscape.com/article/859889
O’Reilly RC, Cass SP, Hirsch BE, Kamerer DB, et al. Ossiculoplasty using incus interposition: hearing results
and analysis of the middle ear risk index. Otol Neurotol. 2005 Sep;26(5):853-8
Jha DS, Mehta DK, Prapajati DV, Patel DD, et al. A Comparative Study of Ossiculoplasty by Using Various graft Materials. NJIRM. 2011;2(4):53-55
Gajjar Y, Aiyer R. Use of a Remodeled Autologous Incus as an Ossicular Prosthesis. World Articles in Ear, Nose and Throat.Jun 2010; 3(1). www.waent.org
Ruah C, Ruah S. Otite Média, Lisboa, Lidel – edições técnicas,lda, 2010
Berenholz LP, Rizer FM, Burkey JM, et al. Ossiculoplasty in canal wall down mastoidectomy. Otolaryngol Head
Neck Surg 2000 Jul; 123(1Pt1): 30-3.
Rondini-Gilli E, Grayeli AB, Borges PF, et al. Ossiculoplasty with total hydroxylapatite prostheses anatomical functional outcomes. Otol Neurotol 2003 Jul; 24(2): 543-7
Neudert M, Zahnert T, LasurashviliN, et al. Partial Ossicular Reconstruction: comparison of three prostheses in clinical and experimental studies. Otol Neurotol 2003 Jul; 24(4): 543-7