Radiofrequência de cornetos. A nossa experiência.

Autores

  • Ana Sofia Araújo Da Costa Interna de ORL Hospital Xeral-Cíes (CHUVI), Pontevedra, Espanha
  • Olalla Castro Macía Interna de ORL Hospital Xeral-Cíes (CHUVI), Pontevedra, Espanha
  • Miriam Ileana Hamdan Zavarce Interna de ORL Hospital Xeral-Cíes (CHUVI), Pontevedra, Espanha
  • José Manuel Meléndez García Interno de ORL Hospital Xeral-Cíes (CHUVI), Pontevedra, Espanha
  • Dionísio Alonso Párraga Facultativo Especialista ORL Hospital Xeral-Cíes (CHUVI), Pontevedra, Espanha
  • Gumersindo Espiña Campos Chefe de Serviço ORL Hospital Xeral-Cíes (CHUVI), Pontevedra, Espanha

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.194

Palavras-chave:

Radiofrequência, hipertrofia de cornetos, rinomanometria

Resumo

Introdução: A hipertrofia de cornetos inferiores representa uma das causas mais comuns de obstrução nasal. A radiofrequência é uma técnica relativamente nova para redução de tecido, apresentando vantagens com relação a outras alternativas.


Objectivos: Avaliar a eficácia e as complicações da radiofrequência em pacientes diagnosticados de hipertrofia de cornetos inferiores.


Material e Métodos: Apresentamos um estudo retrospectivo de
40 pacientes com idades compreendidas entre os 14 e 60 anos,
com obstrução nasal devida a hipertrofia de cornetos inferiores,
refractaria a tratamento médico. Os pacientes foram tratados com
radiofrequência, com anestesia local. Realizou-se um estudo do
fluxo aéreo mediante rinomanometria anterior activa, prévio e
posterior ao tratamento (aos 3 e 6 meses). Comparámos a melhoria subjectiva e objectiva em todos os pacientes e analisámos o índice de complicações maiores e menores.


Resultados: O índice de complicações na nossa série é reduzido, não existindo complicações graves e registando-se menos de um 5% de complicações menores (formação de crostas ou necrose do tecido). A rinomanometria é uma técnica que nos permite demonstrar de forma objectiva a melhoria, ou não, que os pacientes manifestam de forma subjectiva. Obtivemos 80% de melhoria do fluxo aéreo aos 3 meses, diminuindo este valor num 10% aos 6 meses.

Conclusão: A radiofrequência de cornetos inferiores é uma técnica
efectiva que representa algumas vantagens com respeito a outras técnicas: não necessita tamponamento nasal, não altera a mucosa
nem, consequentemente, o transporte muco ciliar. Apresenta escasso número de complicações e a sua realização não resulta complicada.

Referências

Atef A, Mosleh M, El Bosraty H, Abd El Fatah G, Fathi A. Bipolar radiofrequency volumetric tissue reduction of inferior turbinate: does the number of treatment sessions influence the final outcome? Am Rhinol. 2006 Jan-Feb; 20(1):25-31

Liu CM, Tan CD, Lee FP, Lin KN, Huang HM. Microdesbrider-assisted versus radiofrequency-assisted inferior turbinoplasty. Laryngoscope, 2009 Feb; 119 (2): 414-8

Hytönen ML, Bäck LJ, Malmivaara AV, Roine RP. Radiofrequency termal ablation for patients with nasal symptoms: a systematic review of effectiveness and complications.

J. Basterra Alegría, M. Armengot Carceller. Piramide nasal, fosas nasals y senos paranasales: bases embriológicas, anatomía y fisiología aplicada. Tratado de Otorrinolaringología y Patología Cervicofacial, 2009 Elsevier España, S.L.

J. S. Lacroix, B.N. Landis. Fisiología de la mucosa respiratoria rinosinusal y trastornos funcionales Enciclopedia Medico Cirurgica, Elsevier Masson, 2010. 20-290-A-10.

Cavaliere M, Mottola G, Iemma M. Comparison of the effectiveness and safety of radiofrequency turbinoplasty and traditional surgical technique in treatment of inferior turbinate hypertrophy.

Otolaryngol. Head Neck Surg. 2005 Dec; 133(6): 972-8 Eur Arch Otorhinolaryngol. 2009 Aug; 266(8): 12257-66. Epub 2009 Feb 3. Review.

Yilmaz M, Kemaloglu YK, Baysal E, Tutar H. Radiofrequency for inferior turbinate hypertrophy: could its long-term effect be predicted with a preopertative topical vasoconstrictor drop test? Am Rhinol. 2006 Jan-Feb; 20(1):32-5

Bhandarkar ND, Smith TL. Outcomes of surgery for inferior turbinate hypertrophy. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010 Feb; 18 (1): 59-53

Harril WC, Pillsbury HC 3rd, McGuirt WF, Stewart MG. Radiofrequency turbinate reduction: a NOSE evaluation

Laryngoscope. 2007 Nov; 117 (11):1912-9

Salzano FA, Mora R, Dellepiane M, Zannis I, Salzano G, Moran E, Salami A. Radiofrequency, high-frequency, and electrocautery treatments vs partial inferior turbinotomy: microscopic and macroscopic effects on nasal mucosa. Arch Otolaryngol Head and Neck Surg. 2009 Aug; 135 (8): 752-8

Cavaliere M, Mottola G, Iemma M. Monopolar and bipolar radiofrequency thermal ablation of inferior turbinates: 20month follow-up. Otolaryngol. Head Neck Surg. 2007 Aug; 137(2): 256-63

Farmer SE, Eccles R. Understanding submucosal electrosurgery for treatment of nasal turbinate enlargement. J. Laryngol Otol. 2007 Jul; 121 (7): 615-22. Epub 2006 Nov 28. Review

Nease CJ, Krempl GA. Radiofrequency treatment of turbinate hypertrophy: a randomized, blinded, placebo-controlled clinical trial. Otolaryngol Head and Neck Surg. 2004 Mar; 130 (3): 291-9

Kezirian EJ, Powell NB, Riley RW, Hester JE. Incidence of complications in radiofrequency treatment of the upper airway.

Jacquelynne Corey, John Pallanch. Evaluation of nasal breathing function with objective airway testing.

Cummings Otolaryngology, Head and Neck Surgery 5th edition

Seren E. Effect of radiofrequency volumetric tissue reduction of inferior turbinate on expiratory nasal sound frequency. Am J Rhinol Allergy. 2009 May-Jun; 23(3):316-20

Roth M, Kennedy DW. The case for inferior turbinate preservation. Rhinology a state of art. 1994 Kluger publications: 109-112.

Janda P, Sroka R, Betz CS, Baumgartner R, Leunig A. Laser treatment for hyperplastic inferior nasal turbinates: a review. Lasers Surg. Med 2001;285(5):129-39

Porter MW, Hales NW, Nease CJ, Krempl GA. Long-term results of inferior turbinate hypertrophy with radiofrequency treatment: a new standard of care? Laryngoscope, 2006 Apr. 116(4): 554-7

Downloads

Como Citar

Da Costa, A. S. A., Macía, O. C., Zavarce, M. I. H., García, J. M. M., Párraga, D. A., & Campos, G. E. (2011). Radiofrequência de cornetos. A nossa experiência. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 49(4), 243–246. https://doi.org/10.34631/sporl.194

Edição

Secção

Artigo de Revisão