Infecções cervicais – Casuística dum serviço de ORL

Autores

  • Sonia Pereira Interna do Internato Complementar de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Hospital de São José, Lisboa, Portugal
  • José Araújo Martins Interno do Internato Complementar de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Hospital de São José, Lisboa, Portugal
  • Ana Casas Novas Interna do Internato Complementar de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Hospital de São José, Lisboa, Portugal
  • Rudolfo Montemor Interno do Internato Complementar de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Hospital de São José, Lisboa, Portugal
  • Sara Baptista Assistente Hospitalar do Serviço de ORL do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Hospital de São José, Lisboa, Portugal
  • Cristóvão Ribeiro Assistente Hospitalar do Serviço de ORL do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Hospital de São José, Lisboa, Portugal
  • Ezequiel Barros Chefe de Serviço do Serviço de ORL do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Hospital de São José, Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.172

Palavras-chave:

infecções cervicais profundas, morbilidade, mortalidade, imunossupressão, co-morbilidades, patologia oro-faríngea, complicações, mediastinite

Resumo

Atendendo à complexidade, localização profunda e morbilidade das infecções cervicais, o seu diagnóstico e tratamento persistem um desafio médico-cirúrgico. Com ponto de partida muitas vezes nos espaços periamigdalinos e parafaríngeos, os especialistas de Otorrinolaringologia (ORL) são frequentemente chamados a lidar com situações clínicas problemáticas.

No intuito de analisar os casos de infecção cervical observados em ORL nos últimos 5 anos, procedeu-se a um estudo retrospectivo dos doentes internados com este diagnóstico no Serviço do Hospital de São José desde Janeiro de 2004. Constatou-se elevada prevalência de infecções peri- -amigdalinas, com baixa morbilidade quando submetidas a tratamento adequado. A complicação mais grave, rara e com elevada mortalidade foi a mediastinite necrosante, muitas vezes associada a outras doenças sistémicas.

Dada a elevada prevalência de pontos de partida orofaríngeos destas infecções, o Otorrinolaringologista deve estar particularmente atento. São fundamentais o diagnóstico atempado e a instituição precoce de terapêutica médico-cirúrgica adequada, para um prognóstico favorável.

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Como Citar

Pereira, S., Martins, J. A., Casas Novas, A., Montemor, R., Baptista, S., Ribeiro, C., & Barros, E. (2011). Infecções cervicais – Casuística dum serviço de ORL. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 49(3), 139–145. https://doi.org/10.34631/sporl.172

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Artigo Original