Rastreio auditivo neonatal universal: Primeiro ano de experiência no Hospital da Ordem do Carmo

Autores

  • Jacinta Borges Audiologistas - Departamento de Otorrinolaringologia – Hospital da Ordem do Carmo – Porto
  • Carla Matos Audiologistas - Departamento de Otorrinolaringologia – Hospital da Ordem do Carmo – Porto
  • Miguel Gonçalves Ferreira Assistente de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial no Centro Hospitalar do Porto. Médicos de Otorrinolaringologia – Departamento de Otorrinolaringologia – Hospital da Ordem do Carmo – Porto
  • Rosário Figueirinhas Médica Interna de Otorrinolaringologia no Centro Hospitalar do Porto. Médicos de Otorrinolaringologia – Departamento de Otorrinolaringologia – Hospital da Ordem do Carmo – Porto
  • Alcides Lima Chefe de Serviço de Otorrinolaringologia – Coordenador do Departamento ORL do Hospital da Ordem do Carmo. Coordenador do Departamento de Otorrinolaringologia – Hospital da Ordem do Carmo – Porto

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.401

Palavras-chave:

Hipoacúsia, Recém-Nascidos, Rastreio Auditivo Neonatal Universal

Resumo

A surdez constitui a forma mais comum das doenças sensoriais, afectando milhões de pessoas em todo o mundo. A privação da audição, pode provocar um atraso significativo na linguagem, interferindo no desenvolvimento global da criança. A implementação de programas de Rastreio Auditivo Neonatal Universal (RANU) tornam-se, deste modo, fundamentais para uma verdadeira intervenção precoce. Só um diagnóstico precoce da surdez infantil permite evitar e/ou minimizar alterações ao nível linguístico, cognitivo, social e emocional da criança bem como da respectiva família. O objectivo deste estudo foi caracterizar o ponto da situação de doze meses de implementação do Rastreio Auditivo Neonatal Universal no Hospital da Ordem do Carmo. A amostra do estudo é constituída por 367 recém-nascidos, que nasceram no Hospital da Ordem do Carmo no período compreendido entre Junho de 2006 e Junho de 2007. Foi realizado o rastreio da surdez, recorrendo às Otoemissões Acústicas por Produtos de Distorção, a todos os recém-nascidos atrás mencionados. Todos os dados recolhidos foram tratados estatisticamente, com a garantia da sua total confidencialidade. Após o tratamento estatístico, verificou-se que a percentagem de Recém-Nascidos que passaram o rastreio foi igual a 82,6 e a percentagem de Recém-Nascidos que “falharam” o rastreio foi de 17,4. O número de falsos positivos foi igual a 64. Todos eles passaram no reteste da segunda fase. Em síntese, a conclusão principal deste estudo é a de que o Rastreio Auditivo Neonatal Universal é de extrema importância, e deve ser implementado em todos os recém-nascidos, preferencialmente antes da alta hospitalar.

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Como Citar

Borges, J., Matos, C., Gonçalves Ferreira, M., Figueirinhas, R., & Lima, A. (2008). Rastreio auditivo neonatal universal: Primeiro ano de experiência no Hospital da Ordem do Carmo. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 46(3), 183–186. https://doi.org/10.34631/sporl.401

Edição

Secção

Artigo de Revisão