Carcinoma basalóide escamoso da laringe: Experiência de 16 anos do serviço de ORL do IPO-LFG

Autores

  • Nuno O'Neill Mendes Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, Portugal
  • Daniela Serras Hospital Dr. Nélio Mendonça, Portugal https://orcid.org/0000-0002-2601-2945
  • João Seixas Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Portugal https://orcid.org/0000-0002-4264-3907
  • Mafalda Oliveira Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Portugal https://orcid.org/0000-0002-9552-6237
  • José Cabeçadas Instituto Português de Oncologia, Francisco Gentil, Portugal
  • Lígia Ferreira Instituto Português de Oncologia, Francisco Gentil, Portugal
  • Pedro Montalvão Instituto Português de Oncologia, Francisco Gentil, Portugal
  • Miguel Magalhães Instituto Português de Oncologia, Francisco Gentil, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.964

Palavras-chave:

Carcinoma basalóide escamoso, Laringe, Oncologia

Resumo

Objetivos: Identificar fatores prognósticos do carcinoma basalóide escamoso da laringe (CBEL); avaliar a sobrevida de acordo com estadio, sublocalização e tratamento.

Desenho do estudo: Retrospetivo

Material e métodos: Identificaram-se os CBEL no IPO-LFG (2003-2019). Registaram-se dados sociodemográficos, estadiamento e tratamento. Determinou-se sobrevida global (SG) e livre de doença (SLD). Utilizou-se o Teste qui-quadrado (variáveis categóricas), teste T (variáveis contínuas) e método Kaplan-Meier (comparar sobrevidas).

Resultados e Conclusões: 43 indivíduos (Idade média:59,7anos; 97,7%homens). Estadiamento: a) local: T1(7%), T2(18,6%), T3(27,9%), T4a(46,5%); b)regional:N+(60,5%); c) distância:M0(95,3%). Localização: supraglote (58,1%); glote (25,6%); transglóticos (16,3%). 95,3% tratados com intuito curativo, destes, 95,2% realizaram cirurgia (70,7% laringectomia total; 17,1% laringectomia parcial supraglótica; 7,3% cordectomia); 2,4% RT; 2,4% QRT. 87,2% dos operados realizaram esvaziamento ganglionar cervical bilateral. 92,3% dos operados realizaram QRT/RT adjuvante. SLD a 2 anos foi semelhante nos T1/T2(63,6%) e T3/T4a(63,3%). Indivíduos N0 à apresentação demonstraram SLD a 2 anos (87,5%) > N+(48%);p=0,017. SLD a 2 anos nos tumores supraglóticos (52,0%) foi inferior à dos glóticos (90,9%);p=0,031.

O CBEL é frequentemente diagnosticado em estadios avançados. A localização supraglótica e pescoço N+ são os principais fatores de mau prognóstico.

Referências

Objectives: Identify prognostic factors of basaloid squamous cell carcinoma of the larynx (BSCCL); evaluate survival according to staging, sublocalization and treament.

Study design: Retrospective

Material & methods: Cases of BSCCL at IPO-LFG(2003-2019) were identified. Sociodemographic data, staging and treatment were registered. Overall survival(OS) and disease free survival(DFS) were calculated. We used qui-square test(categorical variables), T test(continuous variable) and Kaplan-Meier method(survival comparison).

Results and Conclusions: 43 individuals(mean age: 59,7 years; 97,7% males). Staging: a) local: T1 (7%), T2 (18,6%), T3 (27,9%), T4a (46,5%); b) regional: N+(60,5%); c) distance: M0 (95,3%). Localization: supraglottis (58,1%); glottis (25,6%); transglottic (16,3%). 95,3% treated with curative intent, of those, 95,2% underwent surgery(70,7% total laryngectomy; 17,1% partial supraglottic laryngectomy; 7,3% cordectomy); 2,4% RT; 2,4% CRT. 87,2% of operated underwent bilateral neck dissection. 92,3% of operated underwent adjuvant CRT/RT. DFS at 2 years was similar for T1/T2 (63,6%) and T3/T4a (63,3%). Individuals N0 at presentation showed DFS at 2 years (87,5%) > N+(48%); p=0,017. DFS at 2 years in supraglottic tumours (52,0%) was inferior to glottic (90,9%); p=0,031.

BSCCL is frequently diagnosed in advanced stages. Supraglottic localization and N+ neck are the main bad prognosis factors.

Publicado

30-03-2022

Como Citar

Mendes, N. O., Serras, D., Seixas, J., Oliveira, M., Cabeçadas, J., Ferreira, L., Montalvão, P., & Magalhães, M. (2022). Carcinoma basalóide escamoso da laringe: Experiência de 16 anos do serviço de ORL do IPO-LFG. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 60(1), 11–14. https://doi.org/10.34631/sporl.964

Edição

Secção

Artigo Original