Otorráquia como complicação tardia de cirurgia otológica
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.995Palavras-chave:
otorreia de líquido cefalorraquidiano, meningoencefalocelo craniano, procedimentos cirúrgicos otológicosResumo
Apresentamos o caso de uma fístula de líquido cefalorraquidiano e meningoencefalocelo como sequelas tardias de cirurgia otológica. Este artigo tem como objetivo alertar para esta condição clínica rara, as suas manifestações, diagnóstico e tratamento, assim como para as potenciais complicações do seu não reconhecimento precoce. Descrevemos o caso de um homem de 81 anos, com antecedentes de cirurgia otológica há 20 anos, que recorreu ao serviço de urgência por otorreia com um mês de evolução e refratária ao tratamento médico. Objetivamente, apresentava uma otorreia incolor e que aumentava com manobra de valsava, associada e uma lesão polipoide a ocupar o canal auditivo externo. Foi realizada uma tira-teste que foi positiva para glicose. A TC dos ouvidos e a RMN craniana revelaram a presença de meningoencefalocelo na cavidade timpânica associado a um defeito osteo-dural ao nível do tégmen timpani. O doente foi tratado cirurgicamente, com sucesso, através de uma abordagem combinada envolvendo uma equipa multidisciplinar.
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