Petrosectomia subtotal - a experiência de um Centro Hospitalar Terciário
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.2042Palavras-chave:
Petrosectomia Subtotal, Implantação CoclearResumo
Introdução: A Petrosectomia Subtotal (PST) é uma solução eficaz e definitiva em várias patologias otológicas de difícil tratamento e pressupõe a exclusão do ouvido médio. Esta revela-se particularmente útil nestes casos, pois apresenta uma baixa taxa de complicações comparativamente a outras opções cirúrgicas.Material e Métodos: Estudo retrospetivo de 25 doentes (26 ouvidos) submetidos a PST. Foram recolhidos dados relativos à indicação, procedimentos cirúrgicos realizados, complicações e evolução clínica.
Resultados: Catorze (n=14) doentes foram propostos para PST por recidiva de otite média crónica (OMC) colesteatomatosa. Nenhum destes doentes apresentava audição útil. Cinco (n=5) tinham parésia facial como complicação desta doença. A segunda indicação mais frequente (n=10) foi a surdez neurossensorial profunda com OMC não coleateatomatosa, a tímpano fechado. Em todos os casos foi realizada implantação coclear no mesmo tempo cirúrgico. Paraganglioma timpanomastoideu (n=1), fatores anatómicos na cirurgia de implantação coclear (n=2) e schwannoma intracoclear (n=1) constituíram as outras indicações. No follow up (x̅ = 25 meses) desses doentes, não foram observados sinais ou sintomas de recorrência. Foram registadas como complicações (n=4): fistulização da cavidade à pele (1), extrusão de elétrodo do Implante Coclear (1) e infeção pós-operatória da cavidade de PST (2).
Conclusão: A PST demonstrou ser uma técnica cirúrgica segura e eficaz na doença otológica de difícil tratamento, mesmo quando associada com a implantação coclear no mesmo tempo cirúrgico. O tratamento cirúrgico com PST de uma OMC deve ser considerado quando se prevê um fraco resultado audiométrico numa mastoidectomia Canal Wall Down (CWD).
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