Traqueostomias: O que sabem os médicos recém-formados?
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.2032Palavras-chave:
Otorrinolaringologia, Educação Médica, TraqueostomiaResumo
Objetivos: Avaliação do conhecimento que os médicos recém-formados possuem sobre traqueostomias.
Material e Métodos: Aplicação de um questionário aos médicos internos de formação geral. Foram recolhidas informações sobre a formação prévia em traqueostomias durante o curso de medicina e também sobre contactos com doentes traqueostomizados durante o internato de formação geral (IFG). Os conhecimentos sobre traqueostomias foram avaliados através de 8 questões de escolha múltipla.
Resultados: Obtivemos respostas de 132 participantes, dos quais 74,2% afirmaram não ter recebido formação sobre traqueostomias durante o curso de medicina e 49,2% contactaram com doentes traqueostomizados durante o IFG. O número médio de respostas certas foi de 4,60 (d.p.=1,283). A formação prévia e o contacto durante o IFG não se associaram de forma significativa a um maior número médio de respostas certas (p= 0,777 e p=0,218, respetivamente).
Conclusões: A educação médica pré-graduada poderá apresentar lacunas na formação sobre traqueostomias, conduzindo a um conhecimento insuficiente por parte dos médicos recém-formados acerca destes temas.
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