Caracterização da função vestibular de uma população com otosclerose – Um estudo piloto de caso e controlo

Autores

  • Miguel Campos Lopes Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Portugal https://orcid.org/0000-0002-7112-3580
  • Alexandra Correia Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Portugal
  • Hélder Silva Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Portugal
  • Natália Oliveira Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Portugal
  • Diana Ribeiro Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Portugal
  • Vanessa Neves Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Portugal
  • Vera Miranda Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Portugal https://orcid.org/0000-0002-8930-9383
  • Carlos Carvalho Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.2026

Palavras-chave:

Otosclerose, Função Vestibular, Video Head Impulse Test, Dizziness Handicap Inventory

Resumo

Objetivos: Caracterização da função vestibular de uma população com otosclerose e sua comparação com uma população saudável.

Desenho do Estudo: Estudo de caso-e-controlo.

Material e Métodos: Foram recrutados doentes com suspeita clínica/audiológica de otosclerose (confirmada cirurgicamente) e controlos saudáveis ajustados para idade e sexo. A função vestibular foi avaliada com recurso ao Video Head Impulse Test e ao questionário Dizziness Handicap Inventory (DHI).

Resultados: Foram incluídos um total de 24 participantes (12 casos e 12 controlos), dos quais 91.6% do sexo feminino, cuja idade média era de 44±8 anos. Os ganhos médios dos canais semicirculares não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os 2 grupos. Por outro lado, a pontuação no DHI diferiu de forma significativa entre os grupos (24.1 vs. 6.3; Mann-Whitney p<0.01).

Conclusão: É possível verificar um compromisso funcional subjetivo do equilíbrio em doentes com otosclerose, que não parece estar associado a uma disfunção dos canais semicirculares.

Referências

House JW, Cunningham III CD. Otosclerosis. In: Flint P, Haughey B, Lund V, Robbins K, Thomas JR, Lesperance M. et al Cummings Otolaryngology - Head and Neck Surgery. 7th ed. Philadelphia: Elsevier; 2021. p. 2197-2206.

Chole RA, McKenna M. Pathophysiology of otosclerosis. Otol Neurotol. 2001 Mar;22(2):249-57. doi: 10.1097/00129492-200103000-00023.

Hannley MT. Audiologic characteristics of the patient with otosclerosis. Otolaryngol Clin North Am. 1993 Jun;26(3):373-87. doi:10.1016/S0030-6665(20)30816-1

Catalano N, Cammaroto G, Galletti B, Freni F, Nicita RA, Azielli C. et al. The role of cVEMPs and vHIT in the evaluation of otosclerosis and its eventual vestibular impairment: preliminary findings. B-ENT. 2017;13(1Suppl 27):31-36.

Satar B, Karaçaylı C, Çoban VK, Ozdemir S. Do otosclerosis and stapedotomy affect semicircular canal functions? Preliminary results of video head impulse test. Acta Otolaryngol. 2021 Apr;141(4):348-353. doi: 10.1080/00016489.2021.1873416.

Rajati M, Jafarzadeh S, Javadzadeh R, Disfani MF, Yousefi R. Comprehensive vestibular evaluation in patients with otosclerosis: a case control study. Indian J Otolaryngol Head Neck Surg. 2022 Dec;74(4):582-587. doi: 10.1007/s12070-022-03147-5.

Halmagyi GM, Chen L, MacDougall HG, Weber KP, McGarvie LA, Curthoys IS. The video head impulse test. Front Neurol. 2017 Jun 9;8:258. doi: 10.3389/fneur.2017.00258.

Garcia FV, Luzio CS, Benzinho TA, Veiga GB. Validação e adaptação do dizziness handicap inventory para a língua e população portuguesa de Portugal. Acta ORL. 2008; 26(2):128-132.

Cureoglu S, Baylan MY, Paparella MM. Cochlear Otosclerosis. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010 Oct;18(5):357-62. doi: 10.1097/MOO.0b013e32833d11d9.

Morales-Garcia C. Cochleo-vestibular involvement in otosclerosis. Acta Otolaryngol. 1972 Jun;73(6):484-92. doi: 10.3109/00016487209138969.

Ghorayeb BY, Linthicum FH Jr. Otosclerotic inner ear syndrome. Ann Otol Rhinol Laryngol. 1978 Jan-Feb;87(1 Pt 1):85-90. doi: 10.1177/000348947808700115.

Cody DT, Baker HL Jr. Otosclerosis: vestibular symptoms and sensorineural hearing loss. Ann Otol Rhinol Laryngol. 1978 Nov-Dec;87(6 Pt 1):778-96. doi: 10.1177/000348947808700605.

Sando I, Hemenway WG, Miller DR, Black FO. Vestibular pathology in otosclerosis temporal bone nistopathological report. Laryngoscope. 1974 Apr;84(4):593-605. doi: 10.1288/00005537-197404000-00012.

Saim L, Nadol JB Jr. Vestibular symptoms in otosclerosis - correlation of otosclerotic involvement of vestibular apparatus and Scarpa’s ganglion cell count. Am J Otol. 1996 Mar;17(2):263-70.

Morozova SV, Dobrotin VE, Kulakova LA, Kaspranskaia GR, Ovchinnikov IuM. Vestibular disorders in patients with otosclerosis: prevalence, diagnostic and therapeutic options. Vestn Otorinolaringol. 2009;(2):20-2.

Crossland G, De R, Axon P. Far advanced otosclerosis and intractable benign paroxysmal positional vertigo treated with combined cochlear implantation and posterior semicircular canal occlusion. J Laryngol Otol. 2004 Apr;118(4):302-4. doi: 10.1258/002221504323012076.

Atacan E, Sennaroglu L, Genc A, Kaya S. Benign Paroxysmal Positional Vertigo After Stapedectomy. Laryngoscope. 2001 Jul;111(7):1257-9. doi: 10.1097/00005537-200107000-00021.

Publicado

28-08-2023

Como Citar

Campos Lopes, M., Correia, A., Silva, H., Oliveira, N., Ribeiro, D., Neves, V., Miranda, V., & Carvalho, C. (2023). Caracterização da função vestibular de uma população com otosclerose – Um estudo piloto de caso e controlo. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 61(2), 179–184. https://doi.org/10.34631/sporl.2026

Edição

Secção

Artigo Original