Eustachian Tube function tests: Prospective analysis of diagnosis accuracy
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.836Keywords:
Eustachian Tube Dysfunction, Tubomanometry, Tympanometry, Eustachian Tube Dysfunction Questionnaire-7Abstract
A disfunção da trompa de Eustáquio (DTE) relaciona-se com patologia otológica de gravidade variável. O seu diagnóstico está atualmente assente em sintomas ou achados no exame físico, sendo a acuidade e utilidade diagnóstica dos testes de avaliação da TE indeterminada. No entanto, a seleção de doentes para tratamentos como a dilatação da TE deverá estar assente em exames objetivos e reprodutíveis. O intuito deste trabalho é avaliar a acuidade diagnóstica e correlação entre os diferentes meios atualmente disponíveis.
Método e metodologia: foram criados dois grupos de doentes - uma amostra de conveniência composta por doentes com diagnóstico clínico de DTE obstrutiva (baseado em queixas compatíveis e achados ao exame físico – retração timpânica); e uma amostra de pacientes controlo (sem queixas e/ou achados compatíveis). A amostra com queixas compatíveis com DTE obstrutiva foi validada por 3 médicos ORL, e apenas foram incluídos os pacientes nos quais houve concordância total. Estes doentes foram de seguida prospetivamente submetidos a 3 testes – uma ferramenta de avaliação sintomatológica validada em português – Eustachian Tube Dysfunction Questionnaire-7 (ETDQ7); timpanograma (T); e tubomanometria (TMM). Foi calculada a sensibilidade (S), especificidade (E) e valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN) de cada um dos testes; foi testada a correlação entre os testes (correlação de Pearson). Foram calculadas curvas receiver operating caractheristic (ROC) para cada um dos testes e determinada a area under the curve (AUC) para comparação entre eles. Foi utilizado o SPSS para macOS, e um p-value < 0,05 para rejeição da hipótese nula.
Resultados: a população em análise era constituída por 36 pacientes com DTE obstrutiva e 27 pacientes sem DTE. O ETDQ7 apresentou uma alta S (94,4%), mas baixa E (40,7%); o contrário foi verificado relativamente ao T (S de 61,1% e E de 92,6%); a TMM mostrou uma S e E altas, de 91,7% e 67,7%, respetivamente. Embora se tenha verificado uma correlação estatisticamente significativa entre os resultados dos três testes utilizados, estas foram fracas, exceto entre o T e a TMM, que foi moderada. A AUC correspondente ao TMM foi a mais elevada das três (de 0,8 ± 0,06), seguida do timpanograma (0,71 ± 0,07).
Discussão e conclusões: os resultados corroboram a literatura mais recente, que significa que isoladamente, nenhum teste ou exame é suficiente. Se, por um lado, todos os testes podem ser úteis, por outro lado, isoladamente, o T é insuficiente, o ETDQ7 sobrestima, sendo a TMM o exame com maior fiabilidade para o diagnóstico.
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