Mucocelos fronto-etmoidais: Pearls & pitfalls na abordagem terapêutica
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.724Palavras-chave:
mucocelos dos seios perinasais, abordagem externa, cirurgia endoscópica nasossinusalResumo
Objetivo: descrever e discutir a abordagem de uma série hospitalar de mucocelos fronto-etmoidais tratados por ORL no Hospital de Braga entre os anos 2012 e 2017. Desenho do estudo: estudo observacional descritivo
Metodologia e métodos: análise retrospetiva de uma série de casos de mucocelos fronto-etmoidais.
Resultados: A população foi composta por 18 pacientes. A maioria foi do sexo masculino, com idade média de 47 anos. A queixa mais frequente foi a tumefação peri-orbitária (frontal ou do canto interno do olho). 20% tinha história de traumatismo maxilo-facial major prévio, e outros 20% história de cirurgia nasal prévia. A maioria foi tratada por cirurgia endoscópica nasossinusal. Como complicação major registouse fístula de líquor num doente tratado por via externa. O tempo médio de follow-up foi de 46 meses, sem registo de recidivas.
Conclusão e discussão: os mucocelos fronto-etmoidais com erosão óssea e efeito de massa orbitária e/ou cerebral podem ser tratados por vias endoscópicas, externas ou combinadas, sendo a abordagem dependente, entre outros fatores, da localização exata, da existência de fatores de risco e das morbilidades associadas a cada uma. Por esse motivo, o tratamento desta entidade permanece um desafio para o cirurgião.
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