Melanoma das mucosas da cabeça e pescoço no IPOLFG (1995-2010)

Autores

  • Teresa Gabriel Instituto Português de Oncologia de Lisboa
  • Ana Jardim Instituto Português de Oncologia de Lisboa
  • Paula Campelo Instituto Português de Oncologia de Lisboa
  • Bernardo Araújo Instituto Português de Oncologia de Lisboa
  • Rui Fino Instituto Português de Oncologia de Lisboa
  • Pedro Montalvão Instituto Português de Oncologia de Lisboa
  • Miguel Magalhães Instituto Português de Oncologia de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.619

Palavras-chave:

melanoma, estadio, sobrevida

Resumo

Introdução

Os melanomas das mucosas da cabeça e pescoço representam uma forma rara de neoplasia com origem melanocítica, correspondendo a menos de 4% de todos os melanomas. Possuem elevada taxa de recidiva e mau prognóstico.

Material e métodos

Foram consultados os processos dos doentes com o diagnóstico de melanoma das mucosas da cabeça e pescoço, entre 1995 e 2010. Para cada área anatómica, foram estudados o género e idade dos doentes, o estadiamento segundo o American Joint Committee on Cancer, a sobrevida global e a sobrevida média livre de doença.  Foi verificada a relação entre o estadiamento e o prognóstico. Os dados foram analisados através do programa informático SPSS®.

Resultados

Verificaram-se 23 casos na mucosa nasal, 6 na orofaringe e 2 na mucosa labial. Nos casos de melanoma da mucosa nasal, a sobrevida média global foi de 30,174 meses e a sobrevida 5 anos após o diagnóstico foi inferior em doentes com estadio avançado (p<0.05). Nos melanomas da orofaringe, a sobrevida média global foi de 22 meses e nos melanomas da mucosa labial, foi de 97 meses. A percentagem de sobreviventes, 5 anos após o diagnóstico, foi de 13% nos melanomas nasais, 17% nos melanomas da orofaringe e 50% nos melanomas da mucosa labial.

Conclusão

Os melanomas das mucosas da cabeça e pescoço foram mais frequentes na cavidade nasal. Nestes casos, o estadio da doença à data do diagnóstico influenciou significativamente o prognóstico. A sobrevida média foi superior nos melanomas da mucosa labial.

Biografias Autor

Teresa Gabriel, Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Médica Interna da Formação específica de Otorrinolaringologia - Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Ana Jardim, Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Médica Interna da Formação específica de Otorrinolaringologia - Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Paula Campelo, Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Médica Interna da Formação específica de Otorrinolaringologia - Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Bernardo Araújo, Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Médico Interno da Formação específica de Otorrinolaringologia - Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Rui Fino, Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Assistente Hospitalar Graduado do Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Pedro Montalvão, Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Miguel Magalhães, Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Diretor do Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Referências

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Publicado

30-10-2017

Como Citar

Gabriel, T., Jardim, A., Campelo, P., Araújo, B., Fino, R., Montalvão, P., & Magalhães, M. (2017). Melanoma das mucosas da cabeça e pescoço no IPOLFG (1995-2010). Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 54(4), 249–253. https://doi.org/10.34631/sporl.619

Edição

Secção

Artigo de Revisão