Adenocarcinomas nasossinusais: Experiência do Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa entre 2000 e 2014

Autores

  • Ivo Moura Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
  • César Anjo Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia,Centro Hospitalar Lisboa Central
  • José Colaço Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Lisboa Central
  • Tatiana Carvalho Interna Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Lisboa Norte
  • Ricardo Pacheco Assistente Hospitalar do Serviço de Otorrinolaringologia, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa
  • Pedro Montalvão Assistente Hospitalar Graduado do Serviço de Otorrinolaringologia, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa
  • Miguel Magalhães Diretor do Serviço de Otorrinolaringologia, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.330

Palavras-chave:

tumores nasais, tumores seios perinasais, adenocarcinoma

Resumo

Objetivos: Analisar dados demográficos, apresentação clínica, fatores de risco, opções terapêuticas e sobrevida de doentes com adenocarcinoma nasossinusal.

Material e Métodos: Estudo retrospetivo de doentes com Adenocarcinoma Nasossinusal tratados entre 2000 e 2014, no IPOFGL.

Resultados: Identificamos 33 doentes com diagnóstico de Adenocarcinoma. A idade média foi de 65.6 anos. A terapêutica mais comum foi cirurgia com radioterapia adjuvante. A sobrevida global e livre de doença aos 3 anos foi de 57.6% e 40.5%. A invasão do seio esfenoidal (p=0.038) e da base do crânio (p=0.003) influenciaram a sobrevida global. O desenvolvimento de metástases à distância teve impacto sobre a sobrevida livre de doença (p=0.01).

Conclusões: Os Adenocarcinomas são tumores raros. A excisão da lesão toma um papel determinante no tratamento dos doentes. Na nossa amostra, a invasão do seio esfenoidal, da base do crânio e o desenvolvimento de metástases à distância estão associados a um pior prognóstico.

Biografias Autor

Ivo Moura, Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca

Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca

César Anjo, Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia,Centro Hospitalar Lisboa Central

Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Lisboa Central

José Colaço, Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Lisboa Central

Interno Formação Específica - Centro Hospitalar Lisboa Central

Tatiana Carvalho, Interna Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Lisboa Norte

Interna Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Lisboa Central

Ricardo Pacheco, Assistente Hospitalar do Serviço de Otorrinolaringologia, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa

Assistente Hospitalar do Serviço de Otorrinolaringologia, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa

Pedro Montalvão, Assistente Hospitalar Graduado do Serviço de Otorrinolaringologia, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa

Assistente Hospitalar Graduado do Serviço de Otorrinolaringologia, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa

Miguel Magalhães, Diretor do Serviço de Otorrinolaringologia, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa

Diretor do Serviço de Otorrinolaringologia, Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa

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Publicado

08-04-2016

Como Citar

Moura, I., Anjo, C., Colaço, J., Carvalho, T., Pacheco, R., Montalvão, P., & Magalhães, M. (2016). Adenocarcinomas nasossinusais: Experiência do Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa entre 2000 e 2014. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 54(1), 39–45. https://doi.org/10.34631/sporl.330

Edição

Secção

Artigo de Revisão