Prática baseada na evidência - O que sabemos depois de 1000 adultos disfónicos?
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.73Palavras-chave:
patologias vocais, fatores de risco, variáveis preditivasResumo
Objetivo: identificar as variáveis sócio-demográficas, de comportamento vocal, hábitos, antecedentes pessoais e sinais/ sintomas significativamente preditivas para as patologias vocais mais frequentes.
Material e métodos: estudo epidemiológico de 1000 adultos disfónicos, de qualquer grau e etiologia, selecionados de forma aleatória, através de consulta do processo clínico, avaliação percetiva-auditiva, Voice Handicap Index (VHI), inventário clínico de autoconceito e escala de auto avaliação dos acontecimentos significativos da vida (SRRS). Considerou-se como critério de inclusão, para além da disfonia, terem idade superior a 18 anos. Foram retirados os dados de caracterização sócio-demográfica, antecedentes pessoais, comportamentos vocais, hábitos e sinais/ sintomas perfazendo um total de cinco fatores e quarenta e sete variáveis em análise. Para efeitos de referencial preditivo foi criado um grupo de 50 adultos sem antecedentes de disfonia recolhidos entre amigos e familiares destes.
Resultados: Todas as patologias vocais apresentam o contributo altamente significativo (p=0,00) de fatores de várias áreas. Os fatores comportamento vocal e hábitos contribuem significativamente (p=0,00) tanto para a patologia benigna como para a patologia maligna das pregas vocais.
Conclusão: Existe evidência para a necessidade de prestar orientações quer de prevenção primária quer de prevenção secundária mais abrangentes relativamente ao que concerne aos comportamentos de risco.
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