Avaliação da perda auditiva na infância - Atualização

Autores

  • Signe Shuster Grasel Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Brasil
  • Henrique Faria Ramos Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Brasil
  • Roberto Miquelino de Oliveira Beck Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Brasil
  • Edigar Rezende de Almeida Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Brasil
  • Tânia Sih Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.75

Palavras-chave:

perda auditiva, diagnóstico, potenciais evocados auditivos

Resumo

Objetivos: apresentar avanços recentes dos diversos métodos eletrofisiológicos de avaliação auditiva na infância, ressaltando indicações, aplicação e interpretação.

Desenho do estudo: artigo de revisão.

Material e método: revisão bibliográfica realizada na base de dados Medline, utilizando as palavras-chave: “hearing loss”,“hearing disorders”, “diagnosis”, “evoked potentials, auditory”, “childhood” e “otoaccoustic emissions”, nos últimos 20 anos. À partir destas palavras-chave, utilizamos o mecanismo de busca avançada do Medline para cruzamento destas e chegamos a um total de 41 artigos. Foram excluídos os estudos em animais. Das referências dos artigos selecionados nos reportamos a publicações anteriores.

Resultados: A avaliação auditiva por medidas comportamentais apresenta limitações, principalmente quando realizada em campo livre. A bateria inicial de testes audiológicos deve incluir medidas eletrofisiológicas objetivas, como emissões otoacústicas, timpanometria, reflexo estapediano, potenciais evocados auditivos de tronco encefálico, eletrococleografia e respostas auditivas de estado estável. Tais exames avaliam diversos segmentos das vias auditivas.

Conclusões: Os métodos eletrofisiológicos de avaliação auditiva podem estimar a sensibilidade auditiva, embora não sejam medidas diretas da audição. É necessária a comparação entre os resultados obtidos por métodos eletrofisiológicos e medidas comportamentais.

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Como Citar

Grasel, S. S., Ramos, H. F., Beck, R. M. de O., de Almeida, E. R., & Sih, T. (2012). Avaliação da perda auditiva na infância - Atualização. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 50(4), 325–332. https://doi.org/10.34631/sporl.75

Edição

Secção

Artigo de Revisão