Timpanoplastia tipo II - Experiência clínica

Autores

  • Nadia Hassamo Ramos Interno do Internato Complementar de Otorrinolaringologia, Hospital Garcia de Orta, Portugal
  • Carlos Alexandre Assistente Hospitalar Graduado de Otorrinolaringologia, Hospital Garcia de Orta, Portugal
  • Luís Antunes Director de Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital Garcia de Orta, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.120

Palavras-chave:

Timpanoplastia tipo II, prótese ossicular alogénica, bigorna remodelada, otite média crónica

Resumo

Introdução: A timpanoplastia associada a ossiculoplastia tem por objectivo reconstruir a membrana timpânica e a dinâmica ossicular, no sentido de restituir o isolamento do ouvido médio e a restauração da audição. Vários materiais têm sido utilizados para recrear o mecanismo de condução sonora do ouvido médio. A substituição ou reconstrução inclui o uso de materiais biológicos ou aloplásticos.

Materiais e métodos: Os autores descrevem dois métodos de reconstrução da cadeia ossicular através de timpanoplastia tipo II fazendo uma análise comparativa entre: 1) Utilização de PORP e 2) Utilização de bigorna moldada interposta entre o estribo e a membrana timpânica.

Resultados: A utilização das próteses ossiculares parciais (PORP) para interposição entre a membrana timpânica e o estribo foi utilizado em situações de erosão ossicular ou nas situações onde houve necessidade de remover a bigorna e o martelo para controlo mais eficaz do processo infeccioso crónico. A utilização de bigorna remodelada foi utilizada num único tempo cirúrgico porque se constatou que a doença crónica de base estava controlada. A miringoplastia foi efectuada com fascia de músculo temporal com técnica underlay ou overlay consoante a dimensão e localização da perfuração timpânica. Ambas as alternativas foram eficazes no que respeita à recuperação da perda auditiva.

Conclusão: A prótese ideal para reconstrução ossicular deve ser biocompatível, estável, segura, de fácil colocação e capaz de resultar na melhor transmissão do som. A selecção da prótese prende-se com todos estes factores associados à patologia de base e às condições intraoperatórias com que se depara o cirurgião. A eficácia dos PORPs aloplásticos e de material autólogo demonstraram-se eficazes no que concerne ao resultado funcional final.

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Como Citar

Ramos, N. H., Alexandre, C., & Antunes, L. (2012). Timpanoplastia tipo II - Experiência clínica. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 50(3), 243–249. https://doi.org/10.34631/sporl.120

Edição

Secção

Caso Clínico