Angiofibroma juvenil da nasofaringe - Podemos dispensar a embolização pré-operatória?
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.124Palavras-chave:
angiofibroma juvenil da nasofaringe, cirurgia endoscópica, fossa ptérigo-palatina, embolização vs nãoembolizaçãoResumo
O Angiofibroma juvenil da nasofaringe é uma mal-formação vascular rara, com aparente origem no buraco esfeno-palatino, mais frequente em jovens adolescentes do sexo masculino que assume, não raras vezes, um comportamento local agressivo, a que se associa um risco elevado de hemorragia. A angiografia assume um papel preponderante no diagnóstico e a embolização pré-operatória da lesão é recomendada por muitos autores, de forma a diminuir a hemorragia intraoperatória que pode pôr em risco a vida do doente. Este procedimento não está isento de complicações, exigindo a colaboração de centros de imagiologia experimentados na técnica.
Apresenta-se o caso clínico de um doente do sexo masculino, de 16 anos de idade, com um Angiofibroma grau II de Fisch, não submetido a embolização pré-cirúrgica, cuja ressecção por cirurgia endoscópica endonasal foi precedida da clampagem da artéria maxilar interna na fossa pterigopalatina, passo cirúrgico considerado determinante para a posterior excisão tumoral, uma vez que garante um controlo "nãotromboembólico" da hemorragia intra-operatória, e permite contornar a problemática da embolização pré-cirúrgica.
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