Carcinoma da Nasofaringe: a experiência de 14 anos de um Serviço de ORL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.3068

Palavras-chave:

Cancro da nasofaringe, Cancro da cabeça e pescoço, fatores de risco, Epidemiologia

Resumo

Objetivos: Análise da população com diagnóstico de carcinoma da nasofaringe durante um período de 14 anos e avaliação do impacto de características clínicas na sobrevivência global.

Desenho do estudo: Retrospetivo.

Material e Métodos: Revisão dos processos clínicos e análise de variáveis clínicas: sexo, idade, estadiamento, subtipo histológico, sintoma de apresentação e tempo de evolução do mesmo, existência de hábitos etílicos ou tabágicos, EBV, tratamento realizado e sobrevivência global.

Resultados: Foram incluídos 36 doentes. O subtipo histológico mais frequente foi o carcinoma pavimento-celular queratinizante (61,1%), este grupo com uma mediana de sobrevivência de 8,0 ± 6,1 meses.

Conclusão: A idade, sexo, origem de referenciação, sintoma de apresentação, tempo de evolução, estadiamento, EBV, terapêutica e fatores de risco (tabaco e álcool) não influenciaram a sobrevivência global a um nível estatisticamente significativo. No nosso estudo, o carcinoma queratinizante apresentou pior prognóstico, correlação que se mostrou estatisticamente significativa (HR=7,3; p=0,026)

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Eduardo B, Raquel C, Rui M. Nasopharyngeal carcinoma in a south European population: epidemiological data and clinical aspects in Portugal. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2010 Oct;267(10):1607-12. doi: 10.1007/s00405-010-1258-3.

Breda ELFR. Carcinoma da nasofaringe: Aspectos epidemiológicos clínicos e moleculares. [dissertation on the Internet]. Aveiro: [Universidade de Aveiro]; 2011. 188 p. Available from: http://hdl.handle.net/10773/3948

Lee N, Dimitrios Colevas A, Fu KK. Cancer of the nasopharynx. In: Leibel and Phillips Textbook of Radiation Oncology, 3rd ed. Philadelphia: Elsevier Saunders; 2010. 523-545 p. Available from: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9781416058977000287.

d'Espiney Amaro C, Montalvão P, Henriques P, Magalhães M, Olias J. Nasopharyngeal carcinoma: our experience. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2009 Jun;266(6):833-8. doi: 10.1007/s00405-008-0822-6.

Badoual C. Update from the 5th Edition of the World Health Organization Classification of Head and Neck Tumors: Oropharynx and Nasopharynx. Head Neck Pathol. 2022 Mar;16(1):19-30. doi: 10.1007/s12105-022-01449-2.

Bruce H. Haughey, Valerie J. Lund, Howard W. Francis, K. et al. Benign and Malignant Tumors of the Nasopharynx. In: Cummings Otolaryngology Head and Neck Surgery, 6th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders; 2020.

Bray F, Haugen M, Moger TA, Tretli S, Aalen OO, Grotmol T. Age-incidence curves of nasopharyngeal carcinoma worldwide: bimodality in low-risk populations and aetiologic implications. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2008 Sep;17(9):2356-65. doi: 10.1158/1055-9965.EPI-08-0461.

Parkin DM, Pisani P, Ferlay J. Global cancer statistics. CA Cancer J Clin. 1999 Jan-Feb;49(1):33-64, 1. doi: 10.3322/canjclin.49.1.33.

Chan AT, Grégoire V, Lefebvre JL, Licitra L, Hui EP, Leung SF. et al. Nasopharyngeal cancer: EHNS – ESMO – ESTRO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2012 Oct:23 Suppl 7:vii83-5. doi: 10.1093/annonc/mds266.

Breda E, Catarino R, Azevedo I, Fernandes T, Barreira da Costa C, Medeiros R. Caracterización de la evolución clínica del carcinoma de la nasofaringe en una población portuguesa. Acta Otorrinolaringol Esp. [online] 2007 May;58(5):191-7. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/S0001-6519(07)74911-7

Edge SB, Byrd DR, Compton CC, Fritz AG, Frederick L. Greene. et al (Eds.) AJCC Cancer Staging Manual. 8th ed. New York: Springer; 2017

Chang ET, Ye W, Zeng YX, Adami HO. The evolving epidemiology of nasopharyngeal carcinoma. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2021 Jun;30(6):1035-1047. doi: 10.1158/1055-9965.EPI-20-1702.

Guo R, Mao YP, Tang LL, Chen L, Sun Y, Ma J. The evolution of nasopharyngeal carcinoma staging. Br J Radiol. 2019 Oct;92(1102):20190244. doi: 10.1259/bjr.20190244.

Chua MLK, Wee JTS, Hui EP, Chan ATC. Nasopharyngeal carcinoma. Lancet. 2016 Mar 5;387(10022):1012-1024. doi: 10.1016/S0140-6736(15)00055-0.

Lertbutsayanukul C, Kannarunimit D, Prayongrat A, Chakkabat C, Kitpanit S, Hansasuta P. Prognostic value of plasma EBV DNA for nasopharyngeal cancer patients during treatment with intensity-modulated radiation therapy and concurrent chemotherapy. Radiol Oncol. 2018 Apr 28;52(2):195-203. doi: 10.2478/raon-2018-0016.

Ji X, Zhang W, Xie C, Wang B, Zhang G, Zhou F. Nasopharyngeal carcinoma risk by histologic type in central China: impact of smoking, alcohol and family history. Int J Cancer. 2011 Aug 1;129(3):724-32. doi: 10.1002/ijc.25696.

Guo SS, Huang PY, Chen QY, Liu H, Tang LQ, Zhang L. et al. The impact of smoking on the clinical outcome of locoregionally advanced nasopharyngeal carcinoma after chemoradiotherapy. Radiat Oncol. 2014 Nov 26:9:246. doi: 10.1186/s13014-014-0246-y.

Tang LL, Guo R, Zhang N, Deng B, Chen L, Cheng ZB et al. Effect of radiotherapy alone vs radiotherapy with concurrent chemoradiotherapy on survival without disease relapse in patients with low-risk nasopharyngeal carcinoma: a randomized clinical trial. JAMA. 2022 Aug 23;328(8):728-736. doi: 10.1001/jama.2022.13997.

Publicado

02-03-2025

Como Citar

Pina, P., Aguiar, C., Teixeira, M., Coimbra Ferreira, E., & Oliveira, P. (2025). Carcinoma da Nasofaringe: a experiência de 14 anos de um Serviço de ORL. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 63(1), 495–502. https://doi.org/10.34631/sporl.3068

Edição

Secção

Artigo Original