Tumores parafaríngeos - Da clínica ao diagnóstico
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.614Palavras-chave:
tumores parafaríngeos, adenoma pleomórfico, schwannoma, paragangliomaResumo
Introdução: Os tumores parafaríngeos são raros, representando 0,5% dos tumores de cabeça e pescoço. A maioria (80%) é benigna. Os tumores primitivos do espaço parafaríngeo correspondem a 90% dos casos (entre 40% a 50% com origem em glândulas salivares; entre 25% a 40% com origem neurogénica). São na fase inicial assintomáticos, sendo o diagnóstico feito quando as dimensões ascendem aos 3cm, manifestando-se por uma massa orofaríngea ou cervical. A apresentação clínica é semelhante independentemente do tipo histológico.
Material e Métodos: Revimos a literatura e relatamos 3 de entre os casos operados no Serviço Otorrinolaringologia do Hospital Garcia de Orta.
Resultados: Os casos revistos ilustram as etiologias mais frequentes (adenoma pleomórfico, schwannoma e paraganglioma), que são clínica e imagiologicamente semelhantes.
Discussão e conclusões: Contudo, uma análise cuidada da topografia da lesão no exame objectivo e os aspectos sugestivos na Tomografia Computorizada e na Ressonância Magnética, permitem um planeamento cirúrgico com vista à exerése completa da lesão e ao diagnóstico histopatológico definitivo.
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