Tubos subanulares - Alternativa de ventilação timpânica de longa duração

Autores

  • João Oliveira Seixas Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Portugal
  • Ricardo Damaso Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Portugal
  • Inês Delgado Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Portugal
  • Patrícia Melo Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Portugal
  • Herédio Sousa Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Portugal
  • Isabel Oliveira Martins Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Portugal
  • Ezequiel Barros Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.848

Palavras-chave:

otite media com efusão, retração da pars tensa, tubo subanular, tubo de ventilação de longa duração

Resumo

Objetivos: Caracterizar população e resultados da colocação de tubos subanulares (TSA) em doentes pediátricos com retrações da pars tensa. 

Desenho do estudo: Estudo observacional transversal retrospetivo 

Material e métodos: Análise do processo clínico de doentes que colocaram TSA entre 2008 e 2019. Avaliaram-se antecedentes, resultados clínicos e audiométricos. 

Resultados: Incluíram-se 15 doentes (18 ouvidos), com idade média de 9,4 anos (DP=2,7). As comorbilidades mais frequentes foram rinite (47%) e fenda palatina (29%). O tempo médio de seguimento foi de 47 meses. Observou-se retração da pars tensa em todos e efusão em 56%. Simultaneamente, realizou-se mastoidectomia com timpanoplastia de reforço (50%), timpanoplastia de reforço (39%) e/ou adenoidectomia (33%). Das complicações destacam-se: obstrução (39%), otorreia (17%), perfuração timpânica (17%). Os tubos exteriorizaram-se em 44% dos casos, em média após 42 meses. A retração da pars tensa resolveu em 94%. O limiar tonal médio da via aérea melhorou 8,2dB. 

Conclusões: Os TSA são uma alternativa viável na ventilação de longa duração. 

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Publicado

09-06-2021

Como Citar

Oliveira Seixas, J., Damaso, R., Delgado, I., Melo, P., Sousa, H., Oliveira Martins, I., & Barros, E. (2021). Tubos subanulares - Alternativa de ventilação timpânica de longa duração. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 59(2), 147–151. https://doi.org/10.34631/sporl.848

Edição

Secção

Artigo Original