A embolização arterial no tratamento da epistáxis grave: 4 casos clínicos

Autores

  • Clara Silva Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Natércia Silvestre Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Tiago Parreira Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Ana Margarida Amorim Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • António Paiva Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.563

Palavras-chave:

epistáxis, embolização arterial

Resumo

A epistáxis é uma das mais frequentes urgências otorrinolaringológicas. Nos casos refractários às medidas tradicionais (cauterização química ou eléctrica; tamponamento anterior e/ou posterior; antifibrinolíticos sistémicos) pode ser necessário o recurso à laqueação cirúrgica ou embolização arterial. Através do relato de quatro casos clínicos, o presente trabalho pretende analisar o papel da embolização arterial no tratamento da epistáxis grave, refractária às medidas terapêuticas iniciais.

A embolização endovascular tem aplicação em várias situações clínicas em otorrinolaringologia apresentando elevada taxa de sucesso no tratamento da epistáxis refractária. As complicações major (embolia cerebrovascular e necrose da pele) são raras. As suas principais vantagens consistem no facto de ser um procedimento minimamente invasivo, poder ser realizado sob anestesia local, permitir uma obliteração arterial superselectiva e o estabelecimento de um diagnóstico etiológico em alguns casos. No entanto, são necessários estudos ulteriores que apresentem níveis de evidência superiores na comparação da abordagem endovascular vs. cirúrgica.

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Como Citar

Silva, C., Silvestre, N., Parreira, T., Amorim, A. M., & Paiva, A. (2015). A embolização arterial no tratamento da epistáxis grave: 4 casos clínicos. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 53(1), 57–61. https://doi.org/10.34631/sporl.563

Edição

Secção

Caso Clínico