Mastoidectomia canal wall up versus canal wall down - 10 anos de experiência

Autores

  • Ana Castro Sousa Interno Formação Específica em Otorrinolaringologia noCentro Hospitalar do Alto Ave, Portugal
  • Vânia Henriques Interno Formação Específica em Otorrinolaringologia no Centro Hospitalar do Alto Ave, Portugal
  • Rafaela Teles Interno Formação Específica em Otorrinolaringologia no Centro Hospitalar do Alto Ave, Portugal
  • Sérgio Caselhas Interno Formação Específica em Otorrinolaringologia no Centro Hospitalar do Alto Ave, Portugal
  • Roberto Estevão Interno Formação Específica em Otorrinolaringologia no Centro Hospitalar do Alto Ave, Portugal
  • Rui Fonseca Assistente Graduado de Otorrinolaringologia no Centro Hospitalar do Alto Ave, Portugal
  • Ângelo Fernandes Assistente Hospitalar de Otorrinolaringologia no Centro Hospitalar do Alto Ave, Portugal
  • Fausto Fernandes Director de Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar do Alto Ave, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.20

Palavras-chave:

Otite media crónica, colesteatoma, mastoidectomia

Resumo

Objectivo: Apresentar a experiência do serviço de Otorrinolaringologia (ORL) do Centro Hospitalar do Alto Ave (CHAA) no tratamento cirúrgico da Otite Média Crónica Colesteatomatosa (OMCC), abordando os dois principais procedimentos cirúrgicos: Mastoidectomia “Canal Wall Up” (MCWU) e Mastoidectomia “Canal Wall Down” (MCWD).

Material e Métodos: Estudo Retrospectivo Quantitativo Observacional Descritivo. Foram consultados 150 processos clínicos de doentes com OMCC submetidos a MCWU e MCWD no período de Janeiro de 2002 a Dezembro de 2011. Analisaram-se diversas variáveis tais como: idade, sexo, técnica cirúrgica, taxa de recidiva e ganho funcional (Hearing Outcomes).

Resultados e Conclusões: A MCWD foi o procedimento cirúrgico realizado em 76 ( 51%) doentes e a MCWU foi realizada em 74 ( 49%) doentes. Realizaram -se 101 ossiculoplastias no primeiro tempo cirúrgico. A localização da OMCC predominante foi ático e antrum. A recidiva verificou-se em 10% dos casos, a maioria associada à técnica MCWU. Considerando a diferença do gap ( via aérea/via óssea) no pré-operatório e gap (via aérea/óssea) no pós operatório aplicada a cada um dos dois tipos de procedimento cirúrgico, constatou-se que na MCWU houve uma diminuição média da diferença de gap de 4,2±11,8 dB e na MCWD um aumento médio de 0,2±12,1 dB. Perante os resultados deste estudo concluiu-se que o ganho funcional foi melhor usando a técnica MCWU. Contudo, a taxa de recorrência foi consideravelmente mais alta na referida técnica.

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Como Citar

Sousa, A. C., Henriques, V., Teles, R., Caselhas, S., Estevão, R., Fonseca, R., Fernandes, Ângelo, & Fernandes, F. (2013). Mastoidectomia canal wall up versus canal wall down - 10 anos de experiência. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 51(2), 109–112. https://doi.org/10.34631/sporl.20

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Artigo de Revisão