Implante coclear: O que fazer em caso de avaria?

Autores

  • Conceição Peixoto Interno Complementar de ORL – Centro Hospitalar de Coimbra, EPE, Portugal
  • Jorge Martins Audiologista – Centro Hospitalar de Coimbra, EPE, Portugal
  • Daniela Ramos Terapeuta da Fala – Centro Hospitalar de Coimbra, EPE, Portugal
  • Luís Silva Especialista de ORL – Centro Hospitalar de Coimbra, EPE, Portugal
  • José Bastos Assistente Hospitalar Graduado de ORL – Centro Hospitalar de Coimbra, EPE, Portugal
  • Carlos Ribeiro Director do Serviço de ORL – Centro Hospitalar de Coimbra, EPE, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.119

Palavras-chave:

implante coclear, avaria, falha, reimplantação

Resumo

Introdução: O implante coclear é um meio eficaz e bemsucedido de tratamento da surdez neurossensorial severa, profunda ou total. Desde há cerca de 30 anos que é utilizado de forma frequente para essa função. O tempo decorrido e o número crescente de dispositivos implantados, têm, no entanto, feito sobressair algumas limitações e falhas técnicas. Falhas pelo manejo no acto cirúrgico ou por traumatismo a posteriori, são expectáveis e podem, de certa forma, ser prevenidas. Já as falhas do dispositivo electrónico são imprevisíveis e por vezes de difícil diagnóstico. O objetivo deste trabalho consiste na identificação das diversas falhas associadas ao implante coclear, bem como apresentar uma abordagem possível perante as mesmas.

Descrição de dois casos clínicos: São apresentados dois casos clínicos que ilustram situações onde ocorreram falhas do dispositivo implantado que motivaram uma cirurgia de reimplantação coclear.

Discussão e conclusão: São múltiplas as causas que motivam a falha de um dispositivo de implantação coclear. É necessário a médio e longo prazo estar preparado, institucional e economicamente, para a necessidade crescente de cirurgias de reimplantação coclear.

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Como Citar

Peixoto, C., Martins, J., Ramos, D., Silva, L., Bastos, J., & Ribeiro, C. (2012). Implante coclear: O que fazer em caso de avaria?. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 50(3), 239–242. https://doi.org/10.34631/sporl.119

Edição

Secção

Caso Clínico