Tumores benignos nasosinusais: Estudo retrospectivo

Autores

  • João Larangeio Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de S. João-E.P.E., Portugal
  • Filipe Barros Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de S. João-E.P.E., Portugal
  • Ricardo Vaz Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de S. João-E.P.E.; Assistente Convidado de Anatomia da Faculdade de Medicina do Porto, Portugal
  • Vítor Cardoso Assistente Hospitalar Graduado do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de S. João-E.P.E., Portugal
  • Margarida Santos Directora do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de S. João-E.P.E., Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.89

Palavras-chave:

tumores nasosinusais, cirurgia endonasal, papiloma invertido, angiofibroma nasofaríngeo juvenil, hemangiomas, osteomas

Resumo

Objectivos: Os tumores benignos nasosinusais (TBN) são raros
e usualmente assintomáticos. Quando sintomáticos ou devido
a complicações está recomendado o tratamento cirúrgico, por
via endonasal e/ou externa. O objectivo do estudo foi avaliar
a experiência recente do Hospital de São João no tratamento
cirúrgico do TBN.

Desenho do estudo: Estudo retrospectivo

Material e Métodos: Avaliação dos casos de TBN tratados
cirurgicamente entre 2005 e 2009.

Resultados: O tumor mais frequente foi o papiloma invertido
(63%). A idade média de apresentação foi de 52 anos com
predomínio do sexo masculino (68%). Cerca de 50% dos
tumores localizavam-se na parede nasal lateral. A abordagem
cirúrgica endonasal foi utilizada em 84% dos casos e a
combinada (via endonasal e externa) em 3 (16%). Verificouse
recidiva em 2 casos de papiloma invertido e outro revelou
malignidade.

Conclusões: Os TBN são indicação frequente de cirurgia.
Actualmente, a abordagem de eleição é a via endonasal. No
entanto a via externa ainda é imprescindível em determinadas
situações.

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Como Citar

Larangeio, J., Barros, F., Vaz, R., Cardoso, V., & Santos, M. (2012). Tumores benignos nasosinusais: Estudo retrospectivo. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 50(2), 129.135. https://doi.org/10.34631/sporl.89

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Artigo Original