Score de sintomas, peak flow nasal e rinometria acústica na rinite alérgica
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.130Palavras-chave:
correlação, factor de congestão, peak flow nasal inspiratório, rinometria acústica, score de sintomasResumo
Objectivos: Comparar o score de sintomas, peak flow nasal inspiratório (PFNI) e rinometria acústica (RAC) na monitorização terapêutica da rinite alérgica (RA) e avaliar a existência de correlação entre eles.
Material e Métodos: 11 doentes com RA foram avaliados por score de sintomas, PFNI e RAC antes e após 1 mês de tratamento com corticóide intranasal. As avaliações foram realizadas antes e após descongestão nasal nos dois tempos. Calculou-se o Factor de Congestão (FC) e foi feita a análise estatística dos resultados.
Resultados: Dos 11 doentes (26,5 ± 4,6 anos, 63,6% do sexo feminino), 90,9% apresentavam alterações anatómicas à rinoscopia anterior e 63,6% estavam polisensibilizados. Apesar de se ter observado uma correlação inversa entre o score de sintomas e a RAC (ASTm e volume) e entre o score de sintomas e o PFNI, bem como uma correlação directa entre a RAC e o PFNI, estas não tiveram significado estatístico. Observou-se correlação linear entre o FC-ASTm e o FCvolume em T0 (p=0,038) e T1 (p=0,005), ausente quando avaliados de forma estática.
Conclusões: A ausência de correlação significativa entre os métodos poderá dever-se à complexidade da percepção subjectiva da obstrução nasal e à avaliação de diferentes parâmetros da obstrução. Na prática clínica o score de sintomas é um bom método de avaliação da RA. O tamanho e as características da amostra poderão ter condicionado os resultados.
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