Plasmocitoma extramedular das fossas nasais

Autores

  • Hugo Rodrigues Interno do Internato Complementar de ORL do Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal
  • Inês Pinto da Silva Interna do Internato Complementar de ORL do Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal
  • Sara Tavares Interna do Internato Complementar de ORL do Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal
  • Carla André Assistente Hospitalar de ORL do Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal
  • Mário Santos Assistente Graduado de ORL do Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal
  • Brito Mendes Chefe de Serviço de ORL do Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal
  • Luís Antunes Diretor do Serviço de ORL do Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.141

Resumo

As neoplasias plasmocitárias caracterizam-se por proliferação monoclonal tipicamente produtoras de imunoglobulina. Podem apresentar-se como lesão única (plasmocitoma solitário) ou por lesões múltiplas (mieloma múltiplo). As lesões únicas geralmente ocorrem nos ossos (plasmocitoma ósseo) mas também podem ocorrer na generalidade dos tecidos moles (plasmocitoma extramedular). A sua localização mais frequente é na região da cabeça e pescoço, O pico de incidência situa-se nos 50-60 anos de idade, sendo duas vezes mais frequente no sexo masculino. Descrevemos o caso clínico de uma mulher, 56 anos de idade, com queixas nasais e massa da fossa nasal esquerda, inicialmente interpretada como pólipo nasal. A doente foi submetida a cirurgia endoscópica nasossinusal com ressecção da massa e o resultado anatomopatológico revelou plasmocitoma. A investigação subsequente não mostrou evidência de doença sistémica. Adicionalmente, foi revista a casuística do nosso serviço e identificados mais 2 casos aos quais também fazemos referência.

Referências

Jaffe, ES, Harris, NL, Stein, H, Vardiman, JW (Eds). World Health Organization Classification of Tumours. Pathology and Genetics of Tumours of Haematopoietic and Lymphoid Tissues, IARC Press, Lyon 2001.

Soutar, R, Lucraft, H, Jackson, G, et al. Guidelines on the diagnosis and management of solitary plasmacytoma of bone and solitary extramedullary plasmacytoma. Br J Haematol 2004; 124:717.

Dimopoulos, MA, Moulopoulos, LA, Maniatis, A, Alexanian, R. Solitary plasmacytoma of bone and asymptomatic multiple myeloma. Blood 2000; 96:2037.

Dores, GM, Landgren, O, McGlynn, KA, et al. Plasmacytoma of bone, extramedullary plasmacytoma, and multiple myeloma: incidence and survival in the United States, 1992-2004. Br J Haematol 2009; 144:86.

Frassica, DA, Frassica, FJ, Schray, MF, et al. Solitary plasmacytoma of bone: Mayo Clinic experience. Int J Radiat Oncol Biol Phys 1989; 16:43.

Bataille, R, Sany, J. Solitary myeloma: clinical and prognostic features of a review of 114 cases. Cancer 1981; 48:845.

International Myeloma Working Group. Criteria for the classification of monoclonal gammopathies, multiple myeloma and related disorders: a report of the International Myeloma Working Group. Br J Haematol 2003; 121:749.

Rajkumar, SV, Dispenzieri, A, Kyle, RA. Monoclonal gammopathy of undetermined significance, Waldenström macroglobulinemia, AL amyloidosis, and related plasma cell disorders: diagnosis and treatment. Mayo Clin Proc 2006; 81:693.

Hughes, M, Doig, A, Soutar, R. Solitary plasmacytoma and multiple myeloma: adhesion molecule and chemokine receptor expression patterns. Br J Haematol 2007; 137:486.

Creach, KM, Foote, RL, Neben-Wittich, MA, Kyle, RA. Radiotherapy for extramedullary plasmacytoma of the head and neck. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2009; 73:789.

Avilés, A, Huerta-Guzmán, J, Delgado, S, et al. Improved outcome in solitary bone plasmacytomata with combined therapy. Hematol Oncol 1996; 14:111.

Dimopoulos, MA, Goldstein, J, Fuller, L, et al. Curability of solitary bone plasmacytoma. J Clin Oncol 1992; 10:587.

Downloads

Como Citar

Rodrigues, H., Pinto da Silva, I., Tavares, S., André, C., Santos, M., Mendes, B., & Antunes, L. (2012). Plasmocitoma extramedular das fossas nasais. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 50(1), 85–88. https://doi.org/10.34631/sporl.141

Edição

Secção

Caso Clínico