Incisão sublabial versus columelar no acesso trans-septal para cirurgia trans-esfenoidal microscópica da hipófise. Estudo retrospectivo.

Autores

  • Joana Guimarães Interna de Formação Específica do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de Braga
  • Joana Santos Interna de Formação Específica do Serviço de Endocrinologia, Hospital de Braga
  • Daniel Miranda Interno de Formação Específica do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de Braga
  • Filipa Carvalho Moreira Interna de Formação Específica do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de Braga
  • Nuno Marçal Interno de Formação Específica do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de Braga
  • Gabriel Pereira Interno de Formação Específica do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de Braga
  • Olinda Marques Assistente Graduada do Serviço de Endocrinologia, Hospital de Braga
  • Rui Almeida Assistente Graduado do Serviço de Neurocirurgia, Hospital de Braga
  • Sérgio Vilarinho Assistente Hospitalar do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de Braga
  • Altino Frias Director do Serviço de Endocrinologia, Hospital de Braga
  • Carlos Alegria Director do Serviço de Neurocirurgia, Hospital de Braga
  • Rui Pratas Director do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de Braga

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.192

Palavras-chave:

cirurgia trans-esfenoidal, cirurgia da hipófise, complicações da cirurgia da hipófise, adenoma da hipófise

Resumo

Objectivos: Comparar a incisão sublabial com a incisão columelar no acesso trans-septal para cirurgia trans-esfenoidal microscópica da hipófise, quanto às complicações perioperatórias e sequelas observadas.

Desenho do estudo: Estudo retrospectivo.

Material e métodos: Revisão dos registos clínicos de 50 doentes submetidos a cirurgia trans-esfenoidal microscópica para ressecção de adenoma da hipófise, no Hospital de Braga, entre Julho de 2007 e Novembro de 2010. Foram colhidos e avaliados dados demográficos, co-morbilidades pré-operatórias, classificações histológica e imagiológica do adenoma, duração da cirurgia, duração do internamento e complicações per(pré)- e pós-operatórias. O seguimento dos doentes foi entre um e seis meses. Na análise estatística foi utilizado o programa SPSS® Statistics 17.0.

Resultados: 50 doentes, 32 (64%) do sexo feminino e 18 (36%) do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 16 e 87 anos, média de 50 anos. 40 (80%) casos tratavam-se de macroadenomas e 10 (20%) de microadenomas. 15/47 (31.9%) doentes foram submetidos a cirurgia trans-esfenoidal transseptal através de incisão columelar e 32/47 (68.1%) doentes através de incisão sublabial. Verificaram-se complicações oronasais num total de 5/14 (35.7%) doentes no grupo em que foi utilizada incisão columelar e 14/29 (48.3%) doentes no grupo em que foi utilizada incisão sublabial (p>0.05). Verificou-se que doentes com excesso de peso tiveram mais frequentemente complicações (p<0.01). Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas na taxa de doentes com complicações de acordo com a idade, género, incisão cirúrgica utilizada, tipo de adenoma, ou em doentes com outras co-morbilidades pré-operatórias. A duração da cirurgia e do internamento não tiveram diferenças estatisticamente significativas relativamente à incisão cirúrgica utilizada.

Conclusões: As incisões sublabial e columelar na cirurgia trans-esfenoidal mostraram, neste estudo, não afectar as taxas de complicações per(pré)- e pós-operatórias.

 

Título abreviado: Cirurgia trans-esfenoidal da hipófise

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Como Citar

Guimarães, J., Santos, J., Miranda, D., Moreira, F. C., Marçal, N., Pereira, G., Marques, O., Almeida, R., Vilarinho, S., Frias, A., Alegria, C., & Pratas, R. (2011). Incisão sublabial versus columelar no acesso trans-septal para cirurgia trans-esfenoidal microscópica da hipófise. Estudo retrospectivo. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 49(4), 229–233. https://doi.org/10.34631/sporl.192

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Artigo de Revisão