A avaliação acústica da voz nas práticas profissionais dos terapeutas da fala portugueses

Autores

  • Ricardo Sousa Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Susana Vaz Freitas Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Aníbal Ferreira Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.147

Palavras-chave:

Práticas profissionais, métodos de avaliação vocal, método acústico

Resumo

Introdução: A prática dos Terapeutas da Fala manifesta um crescente uso do método acústico, que favorece um diagnóstico vocal complementar. Assim, este estudo visa conhecer a utilização do método acústico e outros métodos de avaliação vocal (instrumentais e não-instrumentais), bem como relação entre estes.

Material e Métodos: Um questionário sobre a utilização de métodos baseado em escalas de Likert, foi enviado a um conjunto de Terapeutas da Fala através de correio electrónico e, posteriormente, foi realizado o seu tratamento estatístico, com 65 respostas válidas.

Resultados: Numa escala de Likert com cinco níveis, os métodos não-instrumentais são usados entre moderadamente (nível três) e bastante (nível dois) e os métodos instrumentais são usados entre moderadamente (nível três) e pouco (nível quatro). A avaliação acústica é bastante (nível dois) utilizada para todos os objectivos previstos numa avaliação vocal, principalmente para medir resultados da terapia.

Conclusões: Concluiu-se que os Terapeutas da Fala Portugueses utilizam sobretudo métodos não-instrumentais e que, entre os métodos instrumentais, o acústico se destaca.

Referências

Behrman A. Common practices of voice therapists in the evaluation of patients. J Voice 2005; 19(3): 454-69.

Schwartz S, Cohen S, Daily S, Rosenfeld R, et al.. Clinical practice guideline: hoarseness (dysphonia). Otolaryngology–Head and Neck Surgery 2009; 141: 1-31.

Dejonckere PH, Bradley P, Clemente P, Cornut G, et al.. A basic protocol for functional assessment of voice pathology, especially for investigating the efficacy of (phonosurgical) treatments and evaluating new assessment techniques. Eur Arch Otorhinolaryngol 2001; 258: 77–82.

Bhuta T, Patrick L, Garnett JD. Perceptual evaluation of voice quality and its correlation with acoustic measurements. J Voice 2004; 18: 299-304.

Eadie T, Doyle F. Classification of dysphonic voice: acoustic and auditory perceptual measures. J Voice 2005; 19: 1-14.

Ma EP-M, Yiu E.M-L. Multiparametric evaluation of dysphonic severity. J Voice 2006; 20: 380-90.

Côrtes MG, Gama ACC. Análise visual de parâmetros espectrográficos pré e pós-fonoterapia para disfonias. Rev Soc Bras Fonoaudiol 2010; 15(2): 243-9.

Camargo Z, Pinho S. Introdução à análise acústica da voz. In: Pinho, S. (org). Tópicos em Voz. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2001.

Behlau M. Voz: O livro do especialista. Rio de Janeiro: Revinter; 2006.

Speyer R. Effects of voice Therapy: a systematic review. J Voice 2006; 22(5): 565-80.

Jackson-Menaldi M. La voz patologica. Buenos Aires: Edital Médica Panamericana S.A.; 2002.

Kent R. The MIT encyclopedia of communication disorders. Cambridge: The MIT Press; 2004.

Zagolski O, Carlson E. Electroglottographic measurements of glottal function in vocal fold paralysis in women. Clin. Otolaryngol 2002; 27:246–53.

Guimarães I. A ciência e a arte da voz humana. Alcabideche Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA); 2007.

Perlman AL, Grayhack JP. Use of the electroglottograph for measurement of temporal aspects of the swallow: preliminary observations. Dysphagia 1991; 6(2): 88-93.

Rontal E, Rontal M, Rolnick M. Objective evaluation of vocal pathology using voice spectrography. Ann Otol Rhinol Laryngol 1975; 84: 662-71.

Hammarberg B. Voice research and clinical needs. Folia Phoniatr Logop 2000; 52: 93-102.

Downloads

Como Citar

Sousa, R., Freitas, S. V., & Ferreira, A. (2011). A avaliação acústica da voz nas práticas profissionais dos terapeutas da fala portugueses. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 49(1), 11–18. https://doi.org/10.34631/sporl.147

Edição

Secção

Artigo Original