Herpes Zoster Oticus: evolução a longo prazo

Autores

  • Ricardo Vaz Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de S. João-E.P.E.; Assistente Convidado de Anatomia da Faculdade de Medicina do Porto
  • Jorge Spratley Assistente Hospitalar Graduado do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de S. João-E.P.E.; Professor Auxiliar Convidado de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina do Porto
  • Hugo Guimarães Interno Complementar do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de S. João-E.P.E.; Docente Voluntário de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina do Porto
  • Nuno Lunet Professor Auxiliar do Serviço de Higiene e Epidemiologia da Faculdade de Medicina do Porto
  • Margarida Santos Directora do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de S. João-E.P.E.

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.400

Palavras-chave:

herpes zoster oticus, síndrome de Ramsay-Hunt, paralisia facial, qualidade de vida, hipoacusia, sincinésia

Resumo

Objectivos: O herpes zoster oticus (HZO) ou síndrome de Ramsay- Hunt tem sido reputado de prognóstico reservado relativamente à recuperação funcional da mímica facial e da disfunção vestibulo-coclear. No presente estudo procurou-se avaliar a recuperação funcional dos doentes internados com este diagnóstico clínico no Hospital de São João nos últimos 12 anos.

Material e Métodos: Análise retrospectiva dos boletins clínicos de 23 doentes com HZO, e avaliação clínica dos doentes com evolução superior a 12 meses. Complementarmente procedeu-se a um estudo audiométrico, um inquérito de avaliação da qualidade de vida pós-paralisia facial (FaCE) e da sincinésia baseado no Synkinesis Assessment Questionnaire (SAQ).

Resultados: Obtiveram-se diferenças audiométricas significativas para a maioria das frequências entre o ouvido atingido pelo HZO e o contralateral no episódio inicial que tendem a recuperar ligeiramente com o tempo. Mais de metade dos doentes ficam com sequelas funcionais da mímica facial com graus variáveis de sincinésia. A alteração dos movimentos faciais e o desconforto ocular correspondem às principais queixas dos doentes.

Conclusões: A longo prazo, o HZO deixa sequelas auditivas e da mímica facial que subjectivamente causam pouco impacto ao doente em termos sociais.

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Como Citar

Vaz, R., Spratley, J., Guimarães, H., Lunet, N., & Santos, M. (2008). Herpes Zoster Oticus: evolução a longo prazo. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 46(3), 177–181. https://doi.org/10.34631/sporl.400

Edição

Secção

Artigo de Revisão