Comparação do sucesso cirúrgico entre duas diferentes abordagens da via lacrimal, Dacriocistorrinostomia Externa e Transcanalicular, e entre duas diferentes faixas etárias.
DOI:
https://doi.org/10.34631/sporl.805Palavras-chave:
Dacriocistite, Epífora, DacriocistorrinostomiaResumo
Objetivos: Comparar a taxa de sucesso cirúrgico da
dacriocistorrinostomia (DCR) entre (1) duas diferentes técnicas: DCR externa vs DCR transcanalicular; e tendo em conta (2) duas faixas etárias diferentes: <65 anos vs ≥ 65 anos.
Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo retrospetivo envolvendo 258 participantes submetidos a DCR entre 01-01-2014 e 31-12-2018. Definimos sucesso cirúrgico como uma resolução total dos sintomas iniciais analisados: lacrimejo
excessivo, visão turva, inchaço doloroso do canto medial do olho, infeções recorrentes com secreção purulentas; ou uma resolução satisfatória: participantes que manifestaram uma melhora significativa, não consideraram os sintomas
remanescentes significativos para exigir uma nova intervenção cirúrgica.Para responder aos objetivos propostos, foi aplicado o Pearson chi-square test para comparar o sucesso cirúrgico subjetivo entre DCR transcanalicular versus DCR Externa e entre duas diferentes faixas etárias: <65 anos versus ≥ 65 anos. Um valor de P igual ou inferior a 0,05 foi considerado estatisticamente significativo.
Resultados: Dos 258 pacientes incluídos no estudo, DCR externa foi realizada em 122 olhos, com sucesso cirúrgico relatado em 90,9% dos casos; 179 olhos realizaram DCR transcanalicular, com uma taxa de sucesso de 92,2%; não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre as duas técnicas (p=0,712). No grupo com idade ≥ 65 anos, a taxa de sucesso variou entre 87,7%-89,6%, com diferença estatisticamente significante (p=0,021) em comparação com as taxas de sucesso superiores observadas no grupo mais jovem (93,3%-97,5%).
Conclusões: Ambas as técnicas, DCR Externa e DCR
transcanalicular, têm taxas de sucesso altas e comparáveis. Embora a taxa de sucesso na população acima de 65 anos seja estatisticamente menor do que a observada na população mais jovem, as taxas de sucesso cirúrgico permanecem altas e sem complicações adicionais.
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