Pode um colesteatoma ter uma recidiva tardia?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.2068

Palavras-chave:

Colesteatoma, complicações intracranianas, recidiva, recidiva tardia

Resumo

Reportamos o caso de um doente de 73 anos, género masculino, com recidiva tardia de um colesteatoma do ouvido médio, diagnosticado 33 anos após a cirurgia primária. O doente apresentou-se com sintomatologia de otite externa refratária ao tratamento médico, o que levou à suspeita de colesteatoma, tendo em conta a história pregressa. A tomografia computorizada revelou uma lesão volumosa de densidade de tecidos moles com complicação craniana iminente. A ressonância magnética confirmou o diagnóstico de colesteatoma. Foi realizada petrosectomia subtotal com obliteração do ouvido médio para remoção completa do colesteatoma. O principal objetivo deste caso é salientar a importância do seguimento durante toda a vida dos doentes submetidos a cirurgia por técnica canal wall up por otite média crónica colesteatomatosa, nos casos em que não foi realizada uma ressonância magnética com difusão ou uma cirurgia second look.

Referências

– Semaan MT, Megerian CA. The pathophysiology of cholesteatoma. Otolaryngol Clin North Am. 2006 Dec;39(6):1143-59. doi: 10.1016/j.otc.2006.08.003.

– Kuo CL, Shiao AS, Yung M, Sakagami M, Sudhoff H, Wang CH. et al. Updates and knowledge gaps in cholesteatoma research. Biomed Res Int. 2015;2015:854024. doi: 10.1155/2015/854024

– Neudert M, Lailach S, Lasurashvili N, Kemper M, Beleites T, Zahnert T. Cholesteatoma recidivism: comparison of three different surgical techniques. Otol Neurotol. 2014 Dec;35(10):1801-8. doi: 10.1097/MAO.0000000000000484.

– Baráth K, Huber AM, Stämpfli P, Varga Z, Kollias S. Neuroradiology of cholesteatomas. AJNR Am J Neuroradiol. 2011 Feb;32(2):221-9. doi: 10.3174/ajnr.A2052.

– Prasad SC, Shin SH, Russo A, Trapani GD, Sanna M. Current trends in the management of the complications of chronic otitis media with cholesteatoma. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2013 Oct;21(5):446-54. doi: 10.1097/MOO.0b013e3283646467.

– Shihada R, Brodsky A, Luntz M. Giant cholesteatoma of the temporal bone. Isr Med Assoc J. [Internet] 2006 Oct [cited 2022 Jan 4]; 8(10):718-9. Available from: https://www.ima.org.il/FilesUploadPublic/IMAJ/0/49/24808.pdf

– Nikolopoulos TP, Gerbesiotis P. Surgical management of cholesteatoma: the two main options and third way – atticotomy/limited mastoidectomy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2009 Sep;73(9):1222-7. doi: 10.1016/j.ijporl.2009.05.010.

– Dannat P, Jassar P. Management of patients presenting with otorrhoea: diagnostic and treatment factors. Br J Gen Pract. 2013 Feb;63(607):e168-70. doi: 10.3399/bjgp13x663253.

– Tomlin J, Chang D, McCutcheon B, Harris J. Surgical technique and recurrence in cholesteatoma: a meta-analysis. Audiol Neurootol. 2013;18(3):135-42. doi: 10.1159/000346140.

– Robinson JM. Cholesteatoma: skin in the wrong place. J R Soc Med. 1997 Feb;90(2):93-6. doi: 10.1177/014107689709000212.

– Dornhoffer JL, Friedman AB, Gluth MB. Management of acquired cholesteatoma in the pediatric population. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2013 Oct;21(5):440-5. doi: 10.1097/MOO.0b013e32836464bd.

Publicado

06-11-2023

Como Citar

Gani, K., Castelhano, L., Correia, F., Roque dos Reis, L., & Escada, P. (2023). Pode um colesteatoma ter uma recidiva tardia?. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 61(3), 321–327. https://doi.org/10.34631/sporl.2068

Edição

Secção

Caso Clínico